A "Coalizão para Multinacionais Responsáveis" apresentou uma petição com 217.509 assinaturas à Chancelaria Federal. Ela conclama o governo e o parlamento a promulgar uma lei eficaz para empresas responsáveis, baseada em um modelo da UE.
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Keystone-SDA/ts
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Petition demands multinationals be held to account
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Exatamente dois anos após a votação para responsabilizar as empresas suíças por suas ações no exterior ter fracassado por pouco – a iniciativa foi aceita por 50,7% dos eleitores, mas rejeitada pela maioria dos cantões – os iniciadores submeteram uma petição a Berna.
Enquanto a UE se prepara para introduzir uma lei sobre a responsabilidade das multinacionais, o governo deve manter a promessa feita durante a campanha do referendo de 2020, disse o membro da coalizão e ex-parlamentar Dick Marty na quinta-feira.
“Se uma multinacional como a Glencore violar os direitos humanos ou destruir o meio ambiente, ela ainda não será responsabilizada”, disse Chantal Peyer, assessora política da instituição de caridade HEKS e também membro do comitê da coalizão.
Novas violações
Desde a votação em novembro de 2020, novos casos de violações de direitos humanos e poluição ambiental por multinacionais sediadas na Suíça têm sido tornados públicos com regularidade, conforme apontou a coalizão. No final de setembro, os jornais Tamedia revelaramLink externo que o banco suíço UBS estava financiando multinacionais brasileiras do agronegócio envolvidas no desmatamento ilegal.
A empresa líder mundial em transporte de contêineres MSC tem seus navios desmantelados em condições catastróficas nas praias da Índia, disse a coalizão. Além disso, novos documentos revelam como a Syngenta escondeu os perigos de seu pesticida paraquat.
“As empresas multinacionais devem ser responsabilizadas pelos danos que causam. Esta é a única maneira de evitar tais problemas no futuro”, concluiu Rahel Ruch, diretora da Coalizão para Multinacionais Responsáveis.
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