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Máquina suíça mantém fígados humanos vivos durante uma semana

Pesquisadores de Zurique desenvolveram uma máquina que trata fígados humanos lesionados e pode mantê-los vivos fora do corpo durante uma semana.

Este conteúdo foi publicado em 16. janeiro 2020


No ano passado, 582 pessoas receberam pelo menos um órgão de doadores falecidos e 21 pessoas receberam vários órgãos Keystone

Segundo os cientistas, este avanço pode aumentar o número de órgãos disponíveis para transplante, salvando muitas vidas de pacientes com doenças hepáticas graves ou câncer. 

Quando o projeto Liver4LifeLink externo começou em 2015, os fígados podiam ser armazenados com segurança fora do corpo por apenas algumas horas, disseram os pesquisadores do Hospital Universitário de Zurique, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zürich), da Wyss Zurich e da Universidade de Zurique. 

"Com a nova tecnologia de perfusão, os fígados - e até os fígados lesionados - podem agora ser mantidos vivos fora do corpo durante uma semana inteira", disseram em comunicado. 

"Fígados com lesões cadavéricas, inicialmente não adequados para uso em transplantes, podem recuperar a função plena enquanto são tratados na nova máquina por vários dias". 

A base para esta tecnologia é um sistema complexo de perfusão, imitando a maioria das funções corporais centrais próximas à fisiologia. Uma bomba substitui o coração, um oxigenador os pulmões, uma unidade de diálise os rins. As infusões hormonais e de nutrientes fazem o trabalho do intestino e do pâncreas, e os movimentos rítmicos imitam o diafragma. 

O estudo foi publicado no dia 13 de janeiro na revista científica Nature Biotechnology

Números de Transplantes 

A SwisstransplantLink externo, a organização nacional de doação de órgãos, informou que os números de transplantes para 2019 foram os mesmos do ano anterior. 

Os órgãos foram transplantados de 157 mortos no ano passado, um a menos do que em 2018. Um total de 582 pessoas receberam pelo menos um órgão destes doadores, e 21 pacientes chegaram a receber vários órgãos. Além dos doadores falecidos, 110 pessoas vivas doaram os seus órgãos. 

Os transplantes renais foram os mais comuns (332), à frente do fígado (168) e do coração e pulmão (ambos 39); 25 pessoas receberam um pâncreas. 

Também não houve praticamente nenhuma mudança no número de pessoas esperando por um órgão: 1.415 pessoas estavam na lista, três a mais do que em 2018. Destas, 1057 estavam à espera de um rim, 209 de um fígado, 89 de um coração, 57 de um pâncreas, 45 de um pulmão e duas de um intestino delgado. 

No ano passado, morreram 46 pessoas na lista de espera.




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