Como a imigração está transformando a sociedade suíça
A Suíça é hoje um dos países mais marcados pela migração no mundo. Quatro em cada dez adultos têm origem estrangeira, seja por terem nascido no exterior, seja por serem filhos de imigrantes. Esse mosaico demográfico, resultado de diferentes ondas migratórias desde o século XIX, continua a redefinir a identidade do país.
A Suíça é hoje um verdadeiro mosaico cultural. Segundo dados do Departamento Federal de Estatísticas, cerca de 3 milhões de pessoas com mais de 15 anos têm origem migratória. Isso significa que 4 em cada 10 adultos no país nasceram no exterior ou são filhos de imigrantes.
Esse fenômeno não é novo. Desde o fim do século 19, a Suíça passou por diferentes ondas migratórias: a industrialização, a retomada econômica no pós-guerra e, mais recentemente, a livre circulação com a União Europeia.
Atualmente, 2,4 milhões de residentes nasceram fora da Suíça, compondo a chamada primeira geração. Outros 600 mil pertencem à segunda geração, nascidos em território suíço, mas com pais estrangeiros.
A naturalização, no entanto, continua sendo um desafio. A legislação suíça é uma das mais restritivas da Europa, e isso faz com que muitos imigrantes permaneçam sem passaporte suíço, mesmo após décadas no país. Hoje, 27% da população residente permanente não tem nacionalidade suíça.
O artigo abaixo mostra como a imigração transformou a Suíça e levanta uma questão essencial: quem são esses imigrantes e quais são suas trajetórias profissionais?
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