Como o novo coronavírus influencia o sistema político
O governo federal da Suíça introduziu em 16 de março medidas de emergência para combater a pandemia, dentre elas recomendando distanciamento social e autoisolamento por dois meses. A sessão de primavera do Parlamento federal foi cancelada e um referendo, previsto para maio, adiado. Os ministros passaram a governar por decreto. Como ficou a democracia direta no país?
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Documentarista e cineasta originário de Berna, Michele estudou cinema na Escola de Belas Artes de Zurique. Trabalha como VJ na swissinfo.ch desde 2004. Seu interesse especial é desenvolver novos formatos de vídeo para visualização móvel, misturando animação e estilos documentais.
Martina Mousson, cientista política do instituto de pesquisas Gfs.bernLink externo, estuda fenômenos psicológicos em tempos de crise. Logo após a Gripe Espanhola, que provocou milhões de vítimas, muitas pessoas nos anos 1920 celebraram um estilo de vida excessivo no que viria a ser chamado “Roaring Twenties” (Felizes Anos Vinte). Hoje existe uma tendência a comparar esses anos com a situação atual trazida pela eclosão da epimedia provocada pelo novo coronavírus.
O poder exepcional ganho pelo governo está apoiados na lei de Epidemias. Ela permite que o Conselho Federal (o grupo de sete ministros que governa o país) decrete medidas emergenciais desde 16 de março de 2020 sem a necessidade de pedir autorização do Parlamento suíço.
Após a interrupção da sessão de primavera (O Parlamento suíço se reúne quatro vezes por ano), a Camara dos Deputados e o Senado se encontraram no início de maio em um centro de exposições de Berna, onde era mais fácil garantir o distanciamento de segurança do que nas instalações do Palácio Federal.
Como faz parte do sistema de semi-democracia direta da Suíça, os grupos que geralmente recolhem assinaturas de eleitores para a realização de plebiscitos, têm de esperar: essas ações estão proibídas por motivos de segurança até o início de junho.
Adaptação: Alexander Thoele
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