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Equador deveria manter condenados violentos em navios prisão, diz candidato presidencial

Candidato presidencial equatoriano Daniel Noboa 22/08/2023 REUTERS/Vicente Gaibor del Pino reuters_tickers

Por Yury Garcia

GUAYAQUIL (Reuters) – O Equador deve fortalecer os controles em suas fronteiras e portos para combater o narcotráfico e isolar seus criminosos mais violentos em navios prisão, disse o candidato presidencial Daniel Noboa nesta terça-feira.

Noboa, filho do proeminente empresário de bananas e antigo aspirante à Presidência Álvaro Noboa, surpreendeu com o segundo lugar no primeiro turno da eleição presidencial do Equador no fim de semana, obtendo 23,5% dos votos.

Ele enfrentará no segundo turno, em 15 de outubro, a candidata Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, que prometeu retomar programas sociais e obteve 33,5% dos votos,

A segurança pública ocupou o centro das atenções nas eleições do Equador após o assassinato de um candidato que se posicionava contra a corrupção. A segurança se deteriorou em grande parte do país sul-americano, com o crescente alcance de gangues de traficantes de cocaína desestabilizando áreas do continente.

“Devemos reforçar a fronteira, ter presença militar nas fronteiras, presença militar nos portos de contêineres porque é de lá que saem as drogas”, disse Noboa a jornalistas em Guayaquil.

Os navios prisão podem levar entre 300 e 400 criminosos cada a cerca de 130 km mar adentro, disse ele. O custo seria de 8 milhões por ano por navio, disse ele.

“É importante isolar totalmente os criminosos violentos, que da prisão geram terror e planejam mais crimes”, disse Noboa. “Atualmente, os criminosos fazem festas nas prisões”, disse ele à Reuters após o evento. “É um absurdo.”

As prisões do Equador são notoriamente violentas. Uma série de rebeliões mortais foi atribuída pelas autoridades a lutas internas entre grupos criminosos pelo controle dentro das prisões e por rotas de tráfico de drogas do lado de fora.

(Reportagem de Yury Garcia, em Guayaquil; reportagem adicional de Alexandra Valencia e Julia Symmes Cobb, em Quito)

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