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EUA proíbem entrada de ex-presidente equatoriano Abdalá Bucaram

O ex-presidente equatoriano (1996-1997) Abdalá Bucaram durante coletiva de imprensa durante sua prisão domiciliar em Guayaquil, Equador, em 29 de setembro de 2020 afp_tickers

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (9) que proibiram a entrada ao país do ex-presidente do Equador Abdalá Bucaram (1996-1997), acusando-o de “corrupção significativa”, incluindo “a apropriação indevida de fundos públicos, aceitação de propinas e interferência em processos públicos”.

O Departamento de Estado informou que Bucaram e sua família direta – sua esposa María Rosa Pulley Vergara, e seus filhos, Jacobo Abdalá Bucaram Pulley, Abdalá Jaime Bucaram Pulley e Michel Abdalá Bucaram Pulley – “não são elegíveis para entrar nos Estados Unidos”.

“Durante seu mandato como presidente do Equador, Bucaram se envolveu em múltiplos atos corruptos, inclusive aceitar propinas e roubar fundos públicos. O ex-presidente Bucaram ainda não enfrentou a prestação de contas por sua traição da confiança pública”, informou em um comunicado o porta-voz da chancelaria americana, Ned Price.

Segundo a lei americana, pode-se impedir a entrada no país de um funcionário ou ex-funcionário de um governo estrangeiro e seus familiares imediatos se se considera que incorreu direta ou indiretamente em atos de corrupção.

Bucaram, um ex-líder populista de 70 anos, apelidado de “o louco que ama”, governou o Equador entre agosto de 1996 e fevereiro de 1997, quando foi deposto por “incapacidade física e mental”.

O ex-presidente deixou o cargo em meio a uma revolta popular e exilou-se no Panamá durante duas décadas. Neste período, enfrentou mais de 50 julgamentos por supostos crimes como malversação e enriquecimento ilícito, que prescreveram, permitindo-lhe voltar ao Equador.

Em 2020, Bucaram foi implicado em um caso de tráfico de bens patrimoniais e de corrupção na venda com sobrepreço de insumos médicos e testes de diagnóstico para a covid-19 a hospitais equatorianos, e por este motivo foi posto em prisão domiciliar.

Os dois processos contra Bucaram foram arquivados em 2021. A procuradoria equatoriana apelou da decisão no caso do suposto crime pela venda de testes para a covid-19, no qual também esteve envolvido seu filho, Jacobo.

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