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Executivo do Credit Suisse está preso no Brasil

Sede do Credit Suisse em Zurique. Credit Suisse

A polícia federal brasileira anunciou sexta-feira ter detido dois dias antes um executivo do Credit Suisse - segundo maior banco suíço - no aeroporto de São Paulo. O suíço está em prisão preventiva.

Este conteúdo foi publicado em 25. março 2006 - 11:11

A PF confiscou os passaportes de outras seis pessoas, suspeitas de crimes financeiros.

O gerente de operações internacionais do Credit Suisse foi preso na "operação suíça", cujas investigações começaram há quatro meses. Terça-feira, a polícia federal havia apreendido documentos na sede do CS, em São Paulo. O executivo foi preso quarta-feira, na sala VIP aeroporto internacional de Guarulhos, antes de embarcar para a Zurique.

No dia da apreensão dos documentos, o gerente de operações de «private banking»
da filial do Credit Suisse Representations no Brasil não estava no local. A PF apreendeu documentos, inclusive nos domicílios de certos funcionários do CS. Outros cinco funcionários do banco suíço e um gerente do banco do Brasil também estão sendo investigados.

Suspeita de crimes financeiros

O vôo de volta ao Brasil do executivo suíço estava previsto para 6 de abril mas a polícia federal preferiu impedí-lo de deixar o território brasileiro. O primeiro prazo da detenção proventiva terminu domingo mas foi prorrogado por mais cinco dias.

As detenções são parte de investigações mais amplas da polícia federal, iniciadas em dezembro, de um esquema remessa ilegal de dinheiro para o exterior por parte de políticos brasileiros. As suspeitas são de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e crime contra o patrimônio público, segundo a PF.

"As investigações mostraram que há fortes indícios de que os suspeitos agiam ilegalmente rementendo para o exterior grandes somas de dinheiro de origem duvidosa", informa a polícia federal.

Segundo ela, os executivos facilitavam investimentos diretos em instituições suíças, bulando a receita federal brasileira. A PF também investiga a participação de doleiros no envio de dinheiro.

Credit Suisse desmente

O Credit Suisse reagiu de maneira confusa, tentando separar os fatos. Em comunicado divulgado na imprensa brasileira, o banco afirma que
«Crédit Suisse Représentations é uma empresa não financeira que opera como representante comercial no Brasil".

"A investigação da polícia federal não tem nada a ver com as outras atividades como banco de investimentos Credit Suisse", afirma o comunicado.

Contatata por telefone sexta-feira, uma funcionária do CS em São Paulo respondeu: "não estamos trabalhando hoje. Obrigado e até logo", antes de desligar. Na "nota de esclarecimento", o banco acrescenta que o departamento em questão "colabora totalmente com as autoridades para compreender a natureza do inquérito".

swissinfo, Thierry Ogier, São Paulo
Colaborou: Alvaro Bufarah

Breves

- A polícia federal investiga o esquema de remessa ilegal de dinheiro ligado ao financiamento de campanhas eleitorais, o chamado caixa dois.

- Dezoito bancos estão sendo investigados nesses inquéritos.

- O Credit Suisse não estava nessa lista. A apreenção de documentos realizada terça-feira teria sido lançada depois da testemunha de um dos ex-funcionários, segundo a PF.

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