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Famílias fogem após nova ordem israelense de retirada em Gaza; esperanças de cessar-fogo diminuem

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Por Nidal al-Mughrabi e Ramadan Abed

CAIRO/GAZA (Reuters) – Israel emitiu novas ordens de retirada para Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, no final do domingo, forçando mais famílias a fugir, dizendo que suas forças pretendiam agir contra o grupo militante Hamas e outros que operam na região.

Nos últimos dias, Israel divulgou várias ordens de retirada em toda a Faixa de Gaza, o maior número desde o início da guerra de 10 meses, provocando um clamor dos palestinos, das Nações Unidas e das autoridades de assistência sobre a redução das zonas humanitárias e a ausência de áreas seguras.

O município de Deir Al-Balah diz que as ordens de retirada israelenses já deslocaram 250.000 pessoas até o momento.

Em uma declaração publicada no X, os militares israelenses pediram aos residentes de determinadas zonas que se deslocassem imediatamente para o oeste, pois a área em que se encontram é “considerada uma zona de combate perigosa”.

Os ataques militares israelenses mataram pelo menos sete palestinos na segunda-feira, segundo médicos. Dois foram mortos em Deir Al-Balah, onde cerca de um milhão de pessoas estavam abrigadas, dois morreram em uma escola no campo de Al-Nuseirat e três na cidade de Rafah, ao sul, perto da fronteira com o Egito.

Mais tarde na segunda-feira um ataque israelense a uma barraca na costa da Cidade de Gaza matou seis palestinos e feriu várias outras pessoas, disseram médicos à Reuters.

As novas ordens forçaram muitas famílias e pacientes a deixar o Hospital Al-Aqsa, a principal instalação médica em Deir Al-Balah, onde centenas de milhares de moradores e pessoas deslocadas se abrigaram, por medo de bombardeios. O hospital fica próximo à área coberta pelo aviso de retirada.

A entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse em um comunicado no X na noite de domingo que uma explosão a aproximadamente 250 metros de distância do Hospital Al-Aqsa, apoiado pelo MSF, provocou pânico.

“Como resultado, MSF está considerando a possibilidade de suspender o tratamento de feridos por enquanto, ao mesmo tempo em tenta manter o tratamento que salva vidas”.

De cerca de 650 pacientes, apenas 100 permanecem no hospital, com sete na unidade de terapia intensiva, disse, citando o Ministério da Saúde de Gaza.

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