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Familiares choram vítimas de queda de voo da Argélia no Mali

PARIS/BAMAKO (Reuters) – Os familiares dos mortos do voo da Air Algerie que caiu em Mali foram levados até os destroços neste sábado, e o presidente francês, François Hollande, decretou três dias de luto.

Hollande ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio pau em edifícios públicos de toda a França durante três dias a partir de segunda-feira em homenagem às 188 pessoas, incluindo 54 franceses, mortas na tragédia.

O presidente, que se encontrou com parentes das vítimas durante três horas nesta tarde, disse que todos os corpos serão levados à França e garantiu que em algum momento as famílias poderão visitar o local da queda para ajudá-las a lidar com sua dor.

“Um marco será erguido para que ninguém se esqueça de que nesta terra, neste local, 118 pessoas pereceram”, declarou Hollande em discurso televisionado, seu terceiro sobre o desastre aéreo em igual número de dias.

As famílias das vítimas de Burkina Faso, de onde a aeronave McDonnell Douglas MD-83 decolou no início da manhã de quinta-feira, foram conduzidas de helicóptero para prestar suas homenagens em Mali.

Mas os parentes sofreram um golpe quando o prefeito da cidade de Gossi, Moussa Ag Almouner, disse que os restos mortais serão difíceis de recuperar.

“Nenhum corpo pode ser recuperado, porque estão despedaçados e queimados. Tudo foi queimado, até a floresta, em um raio de 200 metros”, declarou.

“É de partir o coração, difícil de lidar para qualquer um. Você fica sem apetite. É melhor não ir ver”, acrescentou ele após uma visita à localidade.

Assim como cidadãos da França e de Burkina Faso, havia entre os passageiros libaneses, argelinos, espanhóis, canadenses, alemães, luxemburgueses, um camaronês, um belga, um egípcio, um ucraniano, um suíço, um nigeriano e um malês.

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