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Programa ajuda a desativar minas

Les mines antipersonnelles tuent et blessent longtemps après la fin d'un conflit. Keystone

Um programa de computador elaborado na Suíça ajuda na desminagem em vários países.

Concebido por engenheiros da Politécnica de Zurique, o programa permite mais precisão na escolha das regiões em que minas serão desativadas.

O mérito é da Escola Poltécnica Federal de Zurique (EFPZ), onde o programa foi desenvolvido. Ele permite, por exemplo, uma impressão rápida dos mapas das regiões escolhidas para a desativação das minas.

Esse sistema de gestão chamado IMSMA (Information management System for Mine Action) foi aprovado pelas Nações Unidas e adotado por várias organizações na Europa e nos Estados Unidos.

O programa já provou sua utilidade. Utilisado pela primeira vez, no Kossovo, em 1999, ele está em serviço em mais de 30 países, inclusive no Iraque.

Trabalho é o que não falta. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, cerca de 50 milhões de minas estão espalhadas pelo planeta. O Centro Internacional de Desminagem Humanitária (CIDH), em Genebra, é mais pessista e culcula que são 100 milhões de minas.

A Fundação Suíça de Desminagem, em Zurique, calcula que uma pessoa é morta ou ferida por uma mina a cada 30 minutos.

Definir prioridades

“Desativar um campo minado pode levar meses”, afirma Reto Häni, um dos conceptores do programa de computador na EFPZ. “Por isso é importante desminar em função do perigo para as populações”, acrescenta.

O perigo das minas é antigo. “Ainda há muitas minas da Segunda Guerra Mundial mas em regiões desertas onde ninguém vai”, explica Reto Häni.

“Em contrapartida, uma única mina no caminho de uma escola pode ter conseqüências dramáticas para a vida de toda uma comunidade antes que gente consiga desativá-la.”

Dotado de um grande número de informações, o IMSMA possibilita avaliar, de maneira rápida e precisa, o lugar exato, o tamanha o número de minas e té de bombas que não explodiram.

Podem ainda ser inseridos nos mapas os dados transmitidos pelos beligerantes, relatórios de acidentes e até de testemunhas civis que viram onde as minas foram colocadas.

“O programa não resolve sózinho os dramas causados pelas minas, precisa Reto Häni. No entanto, ele pode definir prioridades na escala de perigos e isso é uma grande vantagem.”

Melhor informar os civis

As informações também são utilizadas nos programas de sensibilização das populações para o perigo das minas.

“Esse também um dos objetivos do programa”, explica Reto Häni, “porque uma boa informação pode salvar muitas vidas.” Por exemplo, o simples fato de poder imprimir e distribuir rapidamente os mapas das zonas minadas contribui para evitar o perigo.

Visivelmente, o programa agrada. Para o CIDH, em Genebra, ele é uma excelente complemento entre as bases de dados e o sistema de informação geográfica (SIG), usado pelos forças de manutenção da paz, as ongs e as populações locais.

“O problema com as minas, explica Davide Orifici, porta-voz do CIDH, não é desativá-las mas localizá-las o mais rapidamente possível.”

swissinfo, Vincent Landon.
(Tradução, Claudinê Gonçalves)

Existem entre 50 a 100 milhões de minas espalhadas pelo mundo.
Seis países são os mais afetados: Camboja, Afeganistão, Moçambique, Angola, Nicarágua e Bósnia-Herzegovina.
Em 1997, o Tratado de Otawa proibiu as minas antipessoais.

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