
Seattle também está na rua
A delegação suíça esteve reunida com ONGS suíças, na véspera da abertura da Conferência ministerial da OMC. Entre rumores de acordo entre UE e Estados Unidos, as manifestações de opositores se multiplicam como a organizada por sindicatos americanos.
A Conferência ministerial da OMC que começa hoje em Seattle, USA, pode ser um marco importante da participação de Organizações não governamentais (ONGS) nas decisões importantes do comércio mundial.
As ONGS vem tendo um papel crescente em várias instâncias decisórias mas até agora eram pouco influentes na Organização Mundial do Comércio, em Genebra. E isso também pode começar a mudar a partir de Seattle.
Na véspera da abertura da Conferência, o diretor geral da OMC, Mike Moore, esteve reunido com as ONGS credenciadas na OMC. O ministro suíço da Economia, Pascal Couchepin, chefe da delegação suíça, fez o mesmo com as ONGS suíças presentes em Seattle. Nos dois casos, é uma forma de reconhecimento que as ONGS se tornam interlocutores indispensáveis.
Par as ONGS suíças, levar suas opiniões em consideração é um progresso mas elas queriam mesmo é ser integradas à delegação oficial como ocorreu, por exemplo, com os países nórdicos. É que também na Suíça há posições antagônicas entre ONGS e governo porque a Suíça vai defender uma agenda ampla com a maior liberalização possível do comércio mundial.
Como não houve acordo prévio para estabelecer a agenda de Seattle, que vai determinar posteriormente a Rodada do Milênio nas negociações comerciais, há rumores de possível acordo sobre a agricultura entre União Européia e Estados Unidos, principal ponto de discórdia de países emergentes como Brasil e India.
De qualquer maneira, representantes de cerca de 1.100 ONGS vão continuar se manifestando nas ruas de Seattle, ocupando grande espaço na midia e, provavelmente, tornando indispensável sua participação na OMC, em Genebra.

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