Honduras reforça segurança após ameaça de ataque a tiros

Honduras reforçou a segurança em alguns setores da capital nesta quarta-feira (7), um dia após a embaixada dos Estados Unidos alertar para “uma possível ameaça de ataque a tiros em massa”.
A embaixada havia publicado na véspera, no X, que recebeu “informações sobre uma possível ameaça de ataque a tiros” em três locais de Tegucigalpa, incluindo uma escola, e recomendado aos cidadãos americanos que evitassem essas áreas.
Cerca de 20 policiais militares com armas longas guardavam hoje a modesta Escola Cristã Elliot Dover, no sul de Tegucigalpa .
“O dia está transcorrendo normalmente”, informou à AFP a diretora da escola, María de los Ángeles Méndez. Ela afirmou que “não há nenhuma ameaça direta”, mas se negou a dar detalhes sobre o número de alunos e professores na escola, por razões de “segurança”.
Outro local mencionado pela embaixada foi o Centro Cívico do Governo, área que abriga a Presidência, a sede de ministérios e escritórios do governo.”A segurança foi reforçada” no Centro Cívico com policiais à paisana, informou à AFP um responsável pela proteção do local.
A embaixada, que também mencionou um “centro comercial não identificado”, costuma alertar os cidadãos americanos para possíveis riscos ligados à violência ou em ocasiões festivas no país centro-americano.
Na exclusiva Escola Americana, também “foram reforçadas todas as medidas de segurança”, disse um funcionário à AFP.
As Forças Armadas informaram que “as investigações sobre as possíveis ameaças estão se aprofundando”, e a Polícia ressaltou que a embaixada recebeu a informação da Polícia Federal americana (FBI).
A presidente de Honduras criticou hoje a mensagem da embaixada e disse que ela gera ansiedade. “É necessário ser mais formal nesse sentido, em Honduras vivemos em paz, aqui não há terrorismo.”
A polícia informou que recebeu em 2025 “múltiplas denúncias e advertências sobre um possível atentado”, como “a implantação de artefatos explosivos” com a finalidade de “causar caos e desestabilização”, e que “ações preventivas foram ativadas”.
O ministro do Planejamento, Ricardo Salgado, considerou no X o caso “irônico”, uma vez que as autoridades americanas “não previram nenhum tiroteio em seu território”, apesar de “toda a sua tecnologia e inteligência”.
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