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Isaquias Queiroz leva prata na canoagem em Paris e conquista sua 5ª medalha olímpica

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(Reuters) – Isaquias Queiroz fez uma prova de recuperação e conquistou a medalha de prata para o Brasil no prova C1 1000m da canoagem dos Jogos Olímpicos de Paris, nesta sexta-feira, conquistando sua quinta medalha olímpica.

Campeão olímpico da mesma prova em Tóquio há três anos, Isaquias arrancou nos últimos metros depois de permanecer em quinto lugar durante a maior parte da disputa. O brasileiro terminou a prova em 3min44s33, atrás do tcheco Martin Fuksa, que fez 3min43s16. Serghei Tarnovischi, da Moldávia, levou o bronze com 3min44s68.

“No finalzinho da prova eu lembrei que meu filho pediu a medalha de ouro. A de ouro não deu, mas fico feliz de poder subir ao pódio e agora vou entregar essa medalha para ele. Esse é o meu presente para todo mundo do Brasil”, disse o baiano de Ubaitaba, de 30 anos, segundo nota do Comitê Olímpico do Brasil.

“A sensação é de alívio, felicidade… muita felicidade. Não foi um ano fácil para mim e para minha esposa. 2023 foi um ano diferente e especial, quando eu percebi o que não é ser campeão mundial e super atleta. E sim ser um humano com problemas físicos e psicológicos. Tive que me remontar. Tive que correr muito para ficar em forma. Não é fácil ficar fora de pódios”, afirmou.

Além da medalha de ouro no C1 1000m dos Jogos de Tóquio, Isaquias também tem no currículo uma prata no C1 1000m e no C2 1000m na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, e bronze no C1 200m também na Rio 2016.

Com as cinco medalhas olímpicas, ele se iguala aos iatistas Robert Scheidt e Torben Grael entre os atletas brasileiros com mais medalhas em Olimpíadas, ficando atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, com seis.

Em Paris, Isaquias disputou também a final do C2 500m ao lado do jovem Jacky Godmann, mas acabou ficando na oitava colocação. A dupla foi quarta colocada em Tóquio e considerava estar ainda mais preparada para a disputa na capital francesa.

“Eu fiquei muito triste de não estar no pódio nas duplas. É um peso que eu tiro das minhas costas agora. Poder chegar em Paris, ser medalhista de prata e porta-bandeira. Lógico que a gente fica triste quando perde. Ver os adversários ganhando. Mas acima de tudo fica o respeito”, declarou.

(Por Tatiana Ramil, em São Paulo)

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