Política de neutralidade será mantida
A Suíça é e continuará sendo um Estado neutro. No entanto, o governo quer aplicar a neutralidade de "maneira adaptada à nossa época". É uma questão de "credibilidade internacional", segundo o ministro das Relações Exteriores, Jopeph Deiss.
A Suíça vai manter sua política de neutralidade mas precisa explicar melhor a concepção e prática atuais. A decisão do governo é baseada em relatório de um grupo de especialistas que analisou a questão nos últimos dez anos.
Desde o fim da guerra fria, as experiências da Suíça e de outros países neutros "demonstram que a neutralidade não é um obstáculo à cooperação internacional político-militar", afirma o relatório encomendado pelo governo federal. A Suíça é membro do Programa de Parceria pela Paz, da OTAN, por exemplo, e envio soldados voluntários para missões de paz na Bósnia e em Kossovo.
Mas as posições atuais em matéria de neutralidade causam certa confusão na opinião pública. No caso de Kossovo, a Suíça não autorizou a passagem de aviões militares da OTAN que bombardeavam a Sérvia mas aderiu às sansões econômicas adotas pela ONU. Essa forma menos rígida de aplicação da neutralidade é aplicada desde 1993.
A União Européia congelou os bens do ex-presidente yugoslavo Slobodan Milosevic. Se a Suíça não fizesse o mesmo, seria utilizada para contornar o embargo e isso seria contrário à neutralidade, explicou o ministro das Relações Exteriores, Joseph Deiss.
swissinfo com agências.

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