Relações com Áustria divide suíços
Tradicionalmente a vizinha Suíça é o primeiro país que visita um novo chefe de governo da Áustria. Mas agora com a controvertida participação da "direita dura" no governo em Viena, a questão divide a Suíça onde o governo toma posição ambígua.
Sondagem publicada pelo semanário “Dimanche.ch”, publicado no domingo – como o nome indica – revela que a metade dos suíços (50.2 por cento) não tem nada contra uma visita à Suíça pelo chanceler austríaco, Wolfgang Schüssel (foto). Apenas 18,3 por cento é contra. Mas 31.5, praticamente um terço portanto, estão indecisos ou não têm opinião a expressar sobre a questão.
O governo austríaco já indicou que deseja manter a tradição segundo a qual as primeiras viagens oficiais do chanceler e do ministro das Relações Exteriores começam pela vizinha Suíça. A ocasião pode se apresentar em fim de março em Lucerna, centro da Suíça, por ocasião de um forum sobre a Europa, realizado o patrocínio da Presidência da Confederação Suíça. O chanceler Wolfgang Schüssel do partido conservador (ÖVP) e a ministra das Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, do Partido da Liberdade (ÖVP), da “direita dura” – liderada por Jörg Haider – podem participar do forum, levando a encontro entre membro ou membros do governo suíço.
Na opinião de observadores, o governo suíço está em cima do muro. Não convida ninguém, mas se dispõe a encontrar-se com representantes das autoridades de Viena. Seria reflexo de opinião de que se deve poupar a Áustria e ao mesmo tempo tomar distância em relação ao partido de Haider que entrou no governo austríaco dia 4 deste mês, o que vem provocando frequentes manifestações de protesto. A última foi no fim de semana em Viena e outras capitais européias. (gb)
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