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Pompeo pede liberdade humanitária para americanos detidos ‘injustamente’ na Venezuela

Secretário de Estado americano, Mike Pompeo afp_tickers

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu nesta quinta-feira ao governo de Nicolás Maduro que, em razão da pandemia de coronavírus, liberte seis ex-executivos da Citgo com nacionalidade ou residência norte-americana detidos “injustamente” na Venezuela.

“Agora que o regime de Maduro reconhece que casos de COVID-19 estão aparecendo na Venezuela, estamos extremamente preocupados com o risco para os cinco cidadãos americanos e um residente nos EUA da Citgo”, subsidiária da empresa estatal venezuelana PDVSA, disse Pompeo em comunicado.

O secretário de Estado ressaltou que esses homens “injustamente” detidos “estão atualmente definhando” na prisão de Helicoide em Caracas, sede do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (SEBIN), e estarão “seriamente em risco” se forem infectados.

“Eles já passaram mais de dois anos na prisão sem um pingo de evidência; é hora de libertá-los por razões humanitárias”, disse ele.

O ex-presidente da Citgo José Ángel Pereira e os ex-vice-presidentes Tomeu Vadell, Jorge Toledo, Gustavo Cárdenas e Alirio José Zambrano e José Luis Zambrano, estão detidos desde 21 de novembro de 2017 na Venezuela acusados fraude, lavagem de dinheiro e associação criminosa, entre outros crimes.

Após dois anos de prisão, seus advogados solicitaram uma revisão e obtiveram prisão domiciliar em 9 de dezembro.

Mas em 5 de fevereiro, seus parentes e ativistas de direitos humanos relataram que haviam sido devolvidos à prisão após dois meses de prisão domiciliar.

Isso ocorreu quando o presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó na Casa Branca.

No âmbito de sua ofensiva contra Maduro, Washington concedeu a Guaidó, reconhecido como autoridade legítima da Venezuela por cinquenta países, o controle da Citgo. Maduro denuncia isso como um “roubo”.

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