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Por uma Suíça aberta e solidária

Moritz Leuenberger: «não são as barrcadas , mas a coesão e a participação de todos que fazem um país». Keystone

Em seu discurso de 1° de agosto, dia da festa nacional, destinado aos suíços do estrangeiro, o presidente do país lança um apelo à abertura e à solidariedade.

País privilegiado, “a Suíça não pode fechar os olhos para os problemas do mundo”, estima Moritz Leuenberger.

Por ocasião da festa nacional do 1° de agosto, o presidente atual da Confederação Helvética, Moritz Leuenberger, defendeu a idéia de uma Suíça engajada pela comunidade e aberta ao mundo.

Uma Suíça como a que escolheu aderir à ONU, que acha que é “seu dever ajudar as pessoas a construir um país digno desse nome”, ao invés de “se contentar de um papel menor à margem da cena internacional”.

Dirigindo-se aos concidadãos que vivem no estrangeiro, Moritz Leuenberger lembrou que, hoje, na era da internet e dos transportes modernos, “a Terra tornou-se menor” e o mundo “um vilarejo global”.

Enormes disparidades

«Esse vilarejo global poderia ser uma sociedade solidária e uma terra de acolho para todos”. Mas “a realidade é bem diferente”, lamenta o presidente suíço, que lembra que as disparidades no mundo continuam sendo enormes”.

“Alguns podem ir onde querem, comer o que gosta, têm acesso à formação, a todas as infraestruturas e todas as comunidades do mundo moderno. Mas outros sofrem da fome, são condenados a viver sob ditaduras ou sob a ameaça da miséria, da guerra e das catástrofes naturais”.

Terra de acolho

A Suíça, que faz parte dos países privilegiados, prossegue o presidente, “não pode fechar os olhos para os problemas do mundo”, no momento em que “milhões de migrantes vêm bater às portas dos países ricos, esperando encontrar o paraíso”.

Frente a esse êxodo em massa, os países industrializados escolheram montar barricadas e vão ao cúmulo de violar os direitos humanos para se proteger, denuncia Leeuenberger, que acrescenta: “não são as barricadas mas a coesão e a participação de todos que fazem um país”.

Casa comum

«Quer vivamos na Suíça ou no estrangeiro, fazemos parte desse mundo. O que acontece com nossos vizinhos – longínquos ou próximos – não pode nos deixar indiferentes”, declara ainda o presidente da Confederação Helvética.

Sua conclusão: “onde os indivíduos respeitam o meio ambiente, se ajudam, se encontram com respeito, surgem perspectivas de futuro. Eles criar assim uma casa comum. Devemos nos engajar para que, nesta Terra, todos possam ter uma casa comum para viver.”

swissinfo

No final de 2005, 634.216 suíços viviam no estrangeiro (11.159 a mais do que em 2004).
Dois terços da chamada Quinta Suíça vivem na Europa.
Três quartos dos suíços do estrangeiro têm dupla nacionalidade.
105 mil estão inscritos nos registros eleitorais suíços.

O Pacto Federal do Grütli de 1291 entre Uri, Schwyz e Unterwald foi escolhido como data da fundação da Suíça.

A Festa Nacional de 1° de agosto é celebrada oficialmente desde 1891.

A data é feriado nacional somente desde 1994.

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