Preços das commodities reagem a dados positivos da economia americana
Os preços das matérias-primas tiveram movimentos díspares nesta semana, que contou com a divulgação de dados da economia da China e dos Estados Unidos.
Nesta sexta-feira, todas as atenções estiveram voltadas para a presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Janet Yellen. Em um discurso para presidentes de bancos centrais do mundo todo, Yellen afirmou que o mercado de trabalho dos Estados Unidos ainda não está totalmente recuperado da crise e não sinalizou claramente se haverá elevação da taxa de juros básica.
PETRÓLEO: nesta semana, em Nova York, o barril de light sweet crude (WTI) chegou a ser negociado a menos de 95 dólares, pela primeira vez desde janeiro.
O preço sofreu a influência das especulações, já que os negociadores decidiram vender os contratos para entrega em setembro, que expiraram na última quarta-feira.
Além disso, o mercado de petróleo reagiu aos sinais da demanda nos EUA, maiores consumidores de petróleo bruto do mundo, e na China, maior consumidora global de energia. Os negociadores também continuam atentos aos conflitos geopolíticos na Líbia, no Iraque e na Ucrânia.
“Os temores relativos à oferta no Iraque e na Ucrânia diminuíram recentemente”, afirmou Dorian Lucas, analista na consultoria especializada em energia Inenco.
Nesta sexta-feira no London’s Intercontinental Exchange, o Brent do Mar do Norte para entrega em outubro caiu para 102,29 dólares o barril, apenas 4 centavos abaixo do valor registrado na semana passada, quando a cotação foi de 102,32 dólares.
No New York Mercantile Exchange, o light sweet crude (WTI) para entrega em outubro ficou em 93,65 dólares o barril. Na semana anterior, a entrega para setembro valia 95,63 dólares.
– Paládio bate recorde –
METAIS PRECIOSOS: os preços do paládio bateram o maior recorde em 13 anos com as expectativas de forte demanda global. Na última segunda-feira, o preço do paládio avançou para 901,45 dólares, nível mais alto desde fevereiro de 2001. Já os preços do ouro caíram nesta semana, graças à alta do dólar.
Nesta sexta-feira, no London Bullion Market, o preço do ouro caiu para 1.277,25 dólares em comparação aos 1.296 dólares da semana anterior. A prata recuou de 19,86 dólares na semana passada para 19,49 dólares.
No London Platinum and Palladium Market, a platina fechou a 1.416 dólares, 30 dólares abaixo da última sexta-feira. O paládio subiu de 878 dólares para 883 dólares.
METAIS INDUSTRIAIS: os preços dos metais se recuperaram em resposta aos dados positivos da economia americana. O alumínio teve a maior alta em 18 meses, a 2.083,75 dólares a tonelada.
Nesta sexta-feira no London Metal Exchange, o cobre para entrega em três meses subiu 7.058 dólares a tonelada, em comparação aos 6.845 dólares da semana passada.
O alumínio para entrega em três meses subiu para 2.064 dólares a tonelada; o chumbo, para 2.254 dólares a tonelada; o níquel, para 18.832 dólares a tonelada; e o zinco para 2.359,75 dólares a tonelada.
Já o estanho recuou para 22.225 dólares a tonelada em relação aos 22.400 dólares da semana passada.
– Café e açúcar avançam –
CAFÉ: os preços do café avançaram por causa da contração da oferta do Brasil, principal produtor da commodity.
Nesta sexta-feira, no ICE Futures US, o Arábica para entrega em dezembro foi cotado a 188,55 centavos de dólar o quilo. Na semana passada, a entrega para setembro fechou em 184,50 centavos.
No LIFFE, o Robusta para novembro ficou em 1.993 dólares a tonelada, em relação aos 1.943 dólares da semana passada, pela entrega para setembro.
AÇÚCAR: o açúcar teve alta após as recentes quedas causadas pelo excesso de oferta.
Nesta sexta-feira no LIFFE, o preço da tonelada de açúcar refinado para outubro subiu para 432,60 dólares. Na semana anterior, a cotação foi de 431,30 dólares.
No ICE Futures US, o preço do açúcar sem refino para outubro avançou para 15,97 centavos de dólar o quilo.