Quatro policiais egípcios morrem em ataque no Sinai
Quatro policiais egípcios foram executados na região do Sinai neste sábado, informaram as forças de segurança, que responsabilizaram os militantes extremistas.
Os agentes foram mortos a tiros “na estrada entre as cidades de Rafah y Al-Arish, no norte do Sinai”, disse à AFP uma fonte dos serviços de segurança.
“Elementos ‘tafkiri’ (extremistas) forçaram a freada da caminhonete em que viajavam, obrigaram-nos a descer e executaram os policiais”, acrescentou a fonte, relatando que os agressores fugiram pelo deserto em um 4×4.
As vítimas voltavam para suas unidades depois de suas folgas, segundo a mesma fonte.
Esse ataque aconteceu algumas horas depois da morte de duas mulheres, mãe e filha, na explosão de duas bombas de fabricação artesanal no subúrbio do Cairo.
Os dois artefatos, colocados em um centro de telecomunicações em obras, foram detonados por telefone à 9h (4h no horário de Brasília), informou um investigador.
As duas vítimas são a mulher e a filha do zelador do prédio atingido, de acordo com fontes médicas.
Testemunhas disseram que a explosão foi potente, fazendo tremer as janelas dos imóveis vizinhos.
Na última quarta, 25 de junho, a cidade do Cairo já havia sido abalada por seis deflagrações de baixa potência em estações do metrô e em um tribunal. Seis pessoas ficaram feridas no episódio.
Os atentados acontecem em meio a uma guerra judicial iniciada pelo governo egípcio contra os islamistas. Há algumas semanas, 183 pessoas foram condenadas à pena de morte, entre elas o guia supremo da Irmandade Muçulmana, organização integrada pelo ex-presidente Mohamed Mursi, derrubado há quase um ano pelo Exército.
De acordo com o governo, mais de 500 policiais e soldados morreram em múltiplos atentados, quase todos reivindicados por grupos de insurgentes jihadistas que afirmam pertencer à Al-Qaeda. O governo atribui os ataques à Irmandade Muçulmana.