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Argentina julga repressores por crimes de lesa-humanidade

BUENOS AIRES (Reuters) – A Justiça argentina começou nesta terça-feira a julgar 17 acusados de submeter à tortura e ao cárcere privado 184 pessoas detidas em diversas prisões clandestinas durante a última ditadura militar no país (1976-83), segundo fontes judiciais.
O processo por crimes de lesa-humanidade, de caráter oral e público, pode durar oito meses, com a provável participação de 400 testemunhas, algumas delas sobreviventes dos centros de detenção.
Entre os réus estão o ex-agente de inteligência Raúl Guglielminetti e os ex-policiais Julio “El Turco” Simón e Samuel Miara, já condenados por outros crimes.
Durante o regime militar, cerca de 30 mil pessoas desapareceram, segundo dados de organismos de direitos humanos. A ditadura também deixou um legado de crise econômica e da derrota militar na Guerra das Malvinas.
Antes do início do julgamento, membros da entidade de direitos humanos Hijos, formada por filhos de desaparecidos, promoveu uma manifestação diante do Tribunal Oral Federal 2, exigindo Justiça para crimes cometidos durante a ditadura.
(Reportagem de Juliana Castilla)

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