Ataque do Hamas é “bárbara” violação do cessar-fogo, dizem EUA
WASHINGTON (Reuters) – A Casa Branca condenou nesta sexta-feira um ataque do Hamas contra soldados de Israel em Gaza, dizendo que foi uma violação do cessar-fogo humanitário recém-alcançado, e pediu a libertação de um soldado israelense capturado.
Israel declarou o fim do cessar-fogo nesta sexta-feira poucas horas depois de seu início, alegando que militantes do Hamas atacaram soldados israelenses que rastreavam túneis em Gaza e capturaram um deles.
“Isso seria uma violação um tanto bárbara do acordo de cessar-fogo”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, à rede de notícias norte-americana CNN.
Earnest pediu ao Hamas que liberte o soldado israelense. Ele disse que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, já havia entrado em contato com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, para falar sobre os próximos passos a serem tomados na crise de Gaza.
Os EUA pediram à comunidade internacional que condenem a violação do cessar-fogo pelo Hamas com os “termos mais duros possíveis”, disse Earnest.
“E encorajamos aqueles que possuem influência junto ao Hamas a fazê-los retornar aos termos do cessar-fogo e fazê-los obedecer os acordos com os quais concordaram logo ontem”, disse ele.
No entanto, o observador permanente da Palestina para a ONU, Ryiad Mansour, disse à CNN não ter certeza se foi o Hamas quem conduziu um ataque ou violou o cessar-fogo. Na hora do ataque, militares israelenses mantinham operações na área, rastreando túneis do Hamas.
Mas o porta-voz do premiê israelense, Mark Regev, afirmou que militantes do Hamas atacaram soldados de Israel entre 60 e 90 minutos após o início do cessar-fogo, matando dois e aparentemente capturando um soldado.
“Isso parece ter sido uma ação absolutamente ultrajante do Hamas, usando a cobertura de um cessar-fogo para conduzir um ataque-surpresa por meio de um túnel, matando soldados israelenses e talvez levando um refém”, disse Tony Blinken, vice-assessor de segurança nacional da Casa Branca, à rede MSNBC. “Condenamos muito duramente.”
(Reportagem de Doina Chiacu e Roberta Rampton)