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EUA decidem reforçar presença militar no Iraque com 300 tropas adicionais

Por Phil Stewart e Missy Ryan

WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos estão reforçando mais uma vez a sua presença militar no Iraque com o envio de cerca de 300 tropas adicionais ao país, além de um destacamento de helicópteros e aeronaves não-tripuladas, conhecidas como drones, informou o Pentágono nesta segunda-feira.

O porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby, disse que cerca de 200 soldados chegaram ao Iraque no domingo para fortalecer a segurança na embaixada dos EUA, suas instalações de apoio e o Aeroporto Internacional de Bagdá. Outros 100 militares também estão a caminho da capital iraquiana para “fornecer segurança e apoio logístico”.

“Estas forças estão separadas e não fazem parte dos 300 militares que o presidente autorizou para estabelecer dois centros de operações conjuntas e conduzir uma avaliação de como os EUA podem oferecer apoio adicional às forças de segurança do Iraque”, declarou Kirby em um comunicado.

No momento, há cerca de 750 militares norte-americanos no Iraque, incluindo soldados encarregados de avaliar os militares iraquianos e proteger funcionários dos EUA no país, além dos conselheiros militares que já se encontravam no local desde a retirada norte-americana em 2011.

O novo movimento de tropas é parte da tentativa do governo Obama de auxiliar o primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, a repelir os avanços surpreendentes dos militantes do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Isil, na sigla em inglês) nas últimas semanas.

Uma autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que os EUA também cogitam montar um novo centro de operações conjuntas no noroeste da região curda semiautônoma do Iraque.

Embora nenhuma decisão definitiva tenha sido tomada, o funcionário afirmou que o novo centro de operações, que seria o segundo do tipo que os EUA estabelecem desde a deterioração da segurança iraquiana no início deste mês, pode ser localizado na província de Duhok, no extremo norte do país, perto da Síria e da Turquia.

Soldados dos EUA em um centro de operações conjuntas semelhante em Bagdá estão colhendo informações sobre a situação no local e supervisionando colegas de farda que acompanham os militares iraquianos em campo.

Além de suprir armamentos e realizar voos de vigilância, Washington também enviou centenas de conselheiros militares e outros soldados para avaliar o Exército iraquiano, que desapareceu em grande parte do norte do país quando combatentes do Isil atacaram a região no começo do mês, e para proteger funcionários norte-americanos.

O presidente norte-americano, Barack Obama, não descartou ataques aéreos contra o Isil, que ganhou força enquanto a guerra civil na vizinha Síria se arrasta.

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