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Família de enfermeiro britânico com Ebola se diz satisfeita com tratamento

Royal Free Hospital no norte de Londres. 24/8/2014 REUTERS/Neil Hall reuters_tickers

Por Belinda Goldsmith

LONDRES (Reuters) – A família de um enfermeiro voluntário britânico repatriado da Serra Leoa depois de contrair o vírus mortal do Ebola disse nesta segunda-feira que ele estava no melhor lugar possível para o tratamento.

William Pooley, 29 anos, é o primeiro britânico a testar positivo para a febre hemorrágica que matou quase 1.500 pessoas, sobretudo em Serra Leoa, Libéria e Guiné, no surto mais letal da doença registrado até o momento.

Pooley foi levado da África Ocidental para seu país no domingo, em um avião de carga da Royal Air Force especialmente adaptado, e transferido em seguida para uma unidade de isolamento no Royal Free Hospital, em Londres.

“Will está recebendo excelente atendimento no Royal Free Hospital, e não podíamos pedir um lugar melhor para ele”, disse a família em comunicado, elogiando a velocidade com que ele foi levado para casa e pedindo à mídia que respeite sua privacidade.

“Gostaríamos de agradecer a toda a nossa família e amigos por seus apoio e pedir a todo mundo que se lembre que em outras partes do mundo as pessoas que sofrem com Ebola que não têm acesso aos mesmos serviços de saúde, como Will.”

Autoridades de saúde britânicas dizem que foram tomadas medidas de proteção rigorosas para minimizar o risco de transmissão durante o transporte e tratamento de Pooley.

Uma porta-voz do Departamento de Saúde da Grã-Bretanha afirmou que as autoridades britânicas estavam tentando localizar suprimentos de terapias experimentais sendo usadas para tratar Ebola, mas a decisão de usá-los seria tomada pelos médicos e do paciente.

Os colegas de Pooley elogiaram sua bravura. A informação divulgada é que ele vinha trabalhando como voluntário em um hospital na capital da Serra Leoa, Freetown, desde março antes de se apresentar como voluntário em um centro de tratamento do Ebola em Kenema, há cinco semanas.

Gabriel Madiye, diretor-executivo do Hospital Shepherd, em Freetown, disse que o enfermeiro estava ciente dos riscos de lidar com pacientes de Ebola, mas estava determinado a ajudar, já que outro pessoal médico tinha partido, com medo de contrair o vírus.

“Nós o consideramos um herói. Alguém que está se sacrificando para dar assistência em circunstâncias muito difíceis, e quando nossos próprios profissionais de saúde estão fugindo”, Madiye disse à BBC.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que mais de 225 profissionais de saúde ficaram doentes e quase 130 perderam a vida por causa do Ebola desde que a eclosão do surto foi detectada nas selvas do sudeste da Guiné, em março.

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