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Malásia e rebeldes da Ucrânia chegam a acordo sobre corpos e caixas-pretas

Um separatista pró-Rússia armado acena para repórteres no local da queda do avião da Malaysia Airlines, perto de Grabovo, na região de Donetsk, leste da Ucrânia, nesta segunda-feira. 21/07/2014 REUTERS/Maxim Zmeyev reuters_tickers

Por Siva Govindasamy

KUALA LUMPUR (Reuters) – A Malásia chegou a um acordo com Aleksander Borodai, líder de um grupo separatista rebelde no leste da Ucrânia, para retirar os corpos de vítimas da tragédia do voo MH17, disse o primeiro-ministro malaio, Najob Razak, na manhã de terça-feira, pelo horário da Malásia (segunda-feira em Brasília).

Eles também chegaram a um acordo para a entrega das duas caixas-pretas do Boeing 777-200ER da Malaysia Airlines MASM.KL Boeing, que caiu na Ucrânia em 17 de julho com 298 pessoas a bordo, disse Razak em entrevista à imprensa.

Investigadores internacionais independentes também tiveram garantido o acesso ao local da queda para começarem uma investigação plena, segundo o premiê.

“Nos últimos dias, nós temos trabalhado nos bastidores para estabelecer contato com aqueles que controlam o local da queda do MH17. Esse contato foi feito agora”, declarou Razak em um discurso na TV.

“Sob circunstâncias difíceis e fluidas, temos analisado os problemas que nos ocupam a todos: obter evidências vitais sobre o avião, lançar uma investigação independente e, acima de tudo, recuperar os restos dos que perderam a vida.”

Pelo acordo, os restos de 282 pessoas seriam transportados de trem de Torez para Kharkiv. Lá, seriam entregues a representantes da Holanda. Razak não especificou o que aconteceu com os demais corpos.

Os restos mortais serão transportados a Amsterdã em um avião militar Hercules C130 da Holanda, com seis membros de uma equipe malaia que os acompanhará também no trem.

Razak acrescentou que às 9 horas da manhã desta segunda-feira, pelo horário da Ucrânia, as duas caixas-pretas da aeronave foram entregues a uma equipe malaia em Donetsk.

Por fim, investigadores internacionais terão acesso seguro ao local do desastre e permissão para começar seu trabalho.

“Quero enfatizar que, embora tenha sido alcançado um acordo, ainda será necessário adotar algumas medidas antes que seja concluído”, disse Razak. “Ainda há trabalho a ser feito, trabalho que depende de comunicação contínua e de boa fé. Até o momento o sr. Borodai e seu pessoal deram sua cooperação.”

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