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Polícia avança contra manifestantes em mais uma noite de protesto em Ferguson, nos EUA

Homem recebe jato de leite no rosto após ser atingido por bomba de gás das forças de segurança em Ferguson, nos EUA. 20/08/2014 REUTERS/Adrees Latif reuters_tickers

Por Scott Malone e Ellen Wulfhorst

FERGUSON Estados Unidos (Reuters) – Policiais com equipamentos de tropa de choque ordenaram a dispersão de manifestantes em Ferguson, no Estado norte-americano de Missouri, na noite de terça-feira, e então avançaram contra a multidão para realizar prisões, o que acabou com uma relativa calma durante a 11ª noite de protestos contra a morte de um adolescente negro.

Protestos na cidade de 21 mil pessoas, na região metropolitana de St. Louis, foram marcados por saques, vandalismo e confrontos entre manifestantes e a polícia todas as noites desde que Michael Brown, de 18 anos, foi morto a tiros em 9 de agosto por um policial branco.

Líderes comunitários, políticos e autoridades municipais redobraram os apelos pela volta da ordem, na terça-feira, pedindo para que os cidadãos ficassem fora das ruas após o por do sol, mesmo que um toque de recolher tenha sido encerrado.

Nas primeiros horas após o começo da noite, os manifestantes eram notavelmente menores em número e estava, mais combalidos do que nas noites anteriores. Espectadores, ativistas civis, membros do clero e até mesmo o secretário de Justiça do Missouri, Chris Koster, uniram-se aos manifestantes.

Mas, depois que o protesto havia perdido força e a maioria dos manifestantes tinha deixado a área, alguém entre as pessoas remanescentes nas ruas arremessou uma garrafa de água de plástico contra a polícia.

Oficiais com capacetes, alguns com armamento pesado e cachorros, repentinamente emergiram do contingente policial. Eles ordenaram que os manifestantes restantes fosse embora e perseguiram aqueles que resistiram, à medida que mais garrafas eram jogadas. Diversos manifestantes foram vistos em algemas, mas o número de prisões não foi imediatamente divulgado. 

O caso de Brown deve ter novos desdobramentos nesta quarta-feira, quando o gabinete da promotoria do condado de St. Louis deve começar a apresentar evidências a um júri sobre as investigações sobre a morte do jovem.

O oficial que matou Brown, Darren Wilson, foi suspenso de suas atividades e seu paradeiro é desconhecido, à medida que a família do garoto e seus apoiadores pedem pela prisão dele. 

(Reportagem adicional de Lucas Jackson, em Ferguson; Carey Gillam, em Kansas City; Eric Beech, em Washington; e Curtis Skinner, em Nova York)

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