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Trump pressiona Hamas e diz que não vai tolerar atrasos na aplicação de plano

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou neste sábado a pressão sobre o movimento palestino Hamas, ao dizer que não vai tolerar atrasos na aplicação do seu plano para a libertação dos reféns e um cessar-fogo na Faixa de Gaza. 

O enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o genro do presidente, Jared Kushner, viajam ao Egito para finalizar os diálogos sobre as condições de libertação dos reféns, anunciou a Casa Branca neste sábado.

Durante a tarde, Trump anunciou na rede Truth Social que Israel havia concordado com uma retirada inicial da Faixa de Gaza, e que essa informação havia sido compartilhada com o Hamas.

“Após negociações, Israel aceitou a linha de retirada inicial, que mostramos ao Hamas”, informou o presidente em sua mensagem, acompanhada de um mapa que mostrava uma linha amarela dentro da Faixa de Gaza, traçada a uma distância de 1,5 a 3,5 km das fronteiras do território palestino. 

“Quando o Hamas confirmar [que aceita a linha, ndr], o cessar-fogo entrará em vigor imediatamente, a troca de reféns e prisioneiros começará e criaremos as condições para a fase seguinte da retirada”, acrescentou.

Hamas e Israel terão conversas indiretas no Cairo neste domingo e segunda-feira, para assegurar a libertação dos reféns e prisioneiros, noticiou hoje o Al-Qahera News, veículo vinculado à inteligência egípcia.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste sábado que pediu à sua equipe de negociadores que viajasse ao Egito para negociar a libertação dos reféns. 

Também hoje, o Exército israelense anunciou que mantinha suas operações na Faixa de Gaza. A Defesa Civil do território palestino reportou 57 mortos em bombardeios neste sábado.

“O Hamas deve agir rapidamente. Caso contrário, todas as opções serão consideradas. Não vou tolerar nenhum atraso”, acrescentou Trump, que também descartou “qualquer resultado em que a Faixa de Gaza siga representando uma ameaça” para Israel.

O plano de Trump inclui um cessar-fogo, a libertação dos reféns em 72 horas, a retirada gradual do exército israelense da Faixa de Gaza, o desarmamento do Hamas e o exílio de seus combatentes. 

“Estamos perto” de um acordo para o fim das hostilidades, declarou o presidente americano ao veículo Axios neste sábado. “Disse a ele: ‘Bibi, esta é a sua oportunidade de vencer'”, comentou Trump, referindo-se ao primeiro-ministro israelense por seu apelido.

Trump também elogiou o papel do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmando que tinha sido “de grande ajuda” para convencer o Hamas a libertar os reféns.

sst/eml/dga/dg/jc/mvv-lb

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