Argentina tem nova alta de casos de covid nas últimas 24 horas
A Argentina registrou 14.014 novos casos de covid-19 nesta segunda-feira (29), o maior número diário desde o final de outubro, enquanto um relatório oficial confirmou a circulação comunitária das cepas do Brasil e da Califórnia.
O balanço dos casos na Argentina, com 44 milhões de habitantes, registra 2.322.594 milhões de infecções e 55.611 óbitos por covid-19, dos quais 163 foram notificados nas últimas 24 horas.
A ocupação de leitos de terapia intensiva atingiu 55,6% em todo o país e subiu para 60,3% na capital argentina e sua periferia, onde vivem cerca de 15 milhões de pessoas.
O relatório epidemiológico de vigilância de variantes do Projeto Argentina Interinstitucional de Genômica do SARS-CoV2 (Pais) confirmou nesta segunda-feira a circulação comunitária das cepas de Manaus, Rio de Janeiro e Califórnia, além da já detectada do Reino Unido.
A identificação da presença dessas variantes foi realizada a partir da análise de 943 amostras de pacientes da cidade de Buenos Aires, província de Buenos Ares, Córdoba e da cidade de Santa Fé, entre 26 de outubro e 15 de março, revelou o relatório.
Em 26 dessas amostras foi detectada a variante do Reino Unido, 18 sem histórico de viagens ou contato próximo com viajantes; em 11 de Manaus, 3 não relacionadas ao turismo; e 3 da Califórnia, nenhum deles em viajantes.
Em relação à cepa do Rio de Janeiro, foi detectada em 35 pessoas, apenas uma com histórico de viagens recente.
O relatório destacou que um aumento na frequência de detecção da variante do Reino Unido foi observado na capital argentina e sua periferia e alertou que “é possível que sua frequência aumente nas próximas semanas até que se torne a variante dominante entre as novas infecções".
“Portanto, dado o aumento sustentado dos casos, é extremamente relevante o fortalecimento das medidas sanitárias”, recomendou o relatório.
Na véspera da Páscoa, a Argentina apertou os controles de saúde e manteve as fronteiras terrestres fechadas. Também suspendeu voos do Chile, México e Brasil. Os do Reino Unido e Irlanda do Norte já estavam suspensos.
A Argentina vacinou cerca de 3 milhões de pessoas com a primeira dose e cerca de 600.000 com a segunda.
Recentemente, o país estabeleceu o adiamento da segunda dose como estratégia para ampliar o escopo de proteção.
“Nenhum plano de vacinação vai interromper a circulação do vírus, o que se busca é encontrar aqueles que têm maior risco de sofrer com complicações e morrer”, disse a ministra da Saúde, Carla Vizzotti.