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Bolsonaro diz que Brasil continuará neutro sobre invasão russa

O presidente Jair Bolsonaro durante a cerimônia de lançamento do Cartão Nacional de Identidade no Palácio do Planalto, em Brasília, 23 de fevereiro de 2022 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 28. fevereiro 2022 - 00:12
(AFP)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (27) que o Brasil manterá uma posição de "neutralidade" sobre a invasão russa da Ucrânia.

"Estive há pouco conversando com o presidente (russo Vladimir) Putin, mais de duas horas de conversa, tratamos de muita coisa (...) Obviamente ele falou alguma coisa sobre a Ucrânia. Eu me reservo aí, como segredo, né, de não entrar em detalhes da forma como vocês gostariam", disse o presidente durante uma coletiva de imprensa no Guarujá (litoral de São Paulo), onde passa o feriado de carnaval.

Em nota enviada à noite, a Secretaria de Comunicação da Presidência detalhou que Bolsonaro se referia à conversa reservada que teve com o colega russo em 16 de fevereiro, durante sua visita a Moscou.

Na coletiva de imprensa, Bolsonaro explicou que o Brasil manterá sua postura de neutralidade e que se mantém a favor da paz.

"Não vamos tomar partido, vamos continuar pela neutralidade e ajudar no que for possível na busca de solução", disse. "Nós queremos paz, mas não podemos trazer consequências para cá", acrescentou o presidente, admitindo que o Brasil depende muito dos fertilizantes russos.

Bolsonaro tem evitado criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia. Na quinta-feira passada, ele desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão, que disse que "o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano".

Bolsonaro afirmou que o Brasil trabalhou ativamente para que na resolução debatida no Conselho de Segurança da ONU, vetada pela Rússia, não constasse a palavra "condenar", que foi substituída por "deplorar".

O Brasil votou a favor desta resolução. No entanto, não assinou uma declaração dos países da Organização de Estados Americanos (OEA), na qual os membros "condenam energicamente a invasão ilegal, injustificada e não provocada da Ucrânia por parte da Federação russa".

Após o encontro de Bolsonaro com Putin em Moscou, o presidente brasileiro assegurou que seu colega russo buscava a "paz" e que o Brasil era solidário com qualquer país que buscasse solucionar os conflitos de forma pacífica.

Esta viagem rendeu a Bolsonaro críticas dos Estados Unidos, que por meio de um comunicado à imprensa da Casa Branca, manifestou que a visita tinha deixado o Brasil isolado da "grande maioria da comunidade internacional".

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