Navigation

Ex-presidente de centro-esquerda e ex-ministro conservador disputam 2º turno na Costa Rica

O ex-presidente (1994-1998) e candidato José María Figueres Olsen acena para simpatizantes ao lado da esposa, Cinthia Berrocal, em San José afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 07. fevereiro 2022 - 09:09
(AFP)

O ex-presidente de centro-esquerda José María Figueres e o ex-ministro da Fazenda conservador Rodrigo Chaves disputarão em 3 de abril o segundo turno da eleição presidencial na Costa Rica, uma das democracias mais sólidas da América Latina, mas abalada por uma crise econômica.

Após a apuração de 87% dos votos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que Figueres, de 67 anos, do Partido Libertação Nacional (PLN), lidera com 27%.

O economista de direita Rodrigo Chaves, de 60, do Progresso Social Democrático, surpreendeu - ele não estava entre os favoritos nas pesquisas - e recebeu 16,7% dos votos.

Chaves foi ministro da Fazenda do atual governo por pouco mais de seis meses.

"Afirmei, durante a campanha, que a Costa Rica merecia ganhar, e hoje começou a ganhar. Vai continuar vencendo definitivamente com nosso triunfo", disse Figueres na sede de campanha em San José.

"Vamos agora para o segundo turno. Peço que deixe para trás o conflito e o confronto estéril (...) sr. José María (Figueres). Peço uma campanha de alto nível, com propostas e ideias", declarou Chaves.

O conservador e evangélico Fabricio Alvarado, de 47 anos, do Partido Nova República, ficou em terceiro lugar, com 15% dos votos.

O primeiro turno da eleição na Costa Rica teve 25 candidatos. Para chegar ao segundo, era necessário obter mais de 40% dos votos.

Figueres governou a Costa Costa Rica entre 1994 e 1998. É filho do emblemático ex-presidente José Figueres Ferrer, que aboliu o Exército em 1948.

A eleição também define os 57 deputados da Assembleia Legislativa. Os primeiros cálculos apontam um Parlamento altamente fragmentado.

A votação foi marcada pelo desânimo da população, em meio aos problemas econômicos que afetam o país e a acusações de corrupção. Este contexto se traduziu em uma taxa de abstenção de 40%, a mais elevada da história do país.

Uma das democracias mais estáveis da América Latina e o primeiro país da região no ranking global de felicidade 2018-2020, a reputação da Costa Rica foi afetada por uma grave crise financeira e social. A missão de enfrentar este cenário estará nas mãos do próximo governante.

Os índices de desemprego (14,4% em 2021) e de pobreza (23% em 2021) e uma economia com dívida pública equivalente a 70% do Produto Interno Bruto (PIB) provocaram alertas dos organismos multilaterais.

A situação se agravou com a pandemia da covid-19. Desde o início de 2020, a crise sanitária provocada pelo coronavírus afetou duramente o turismo, um dos principais setores do país.

Além disso, nos últimos 13 anos, dois ex-presidentes enfrentaram julgamentos por corrupção (um foi condenado) e, em 2021, explodiram dois casos de irregularidades milionárias no setor de obras públicas, com ministros envolvidos.

O atual presidente Carlos Alvarado destacou, no entanto, a solidez democrática do país.

"Estamos entre as democracias mais fortes do mundo e hoje reafirmamos isso com nosso voto (...). Outros países não têm essa opção livre. Nós temos eleições ininterruptas desde 1953", frisou.

Modificar sua senha

Você quer realmente deletar seu perfil?

Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco

Leia nossas mais interessantes reportagens da semana

Assine agora e receba gratuitamente nossas melhores reportagens em sua caixa de correio eletrônico.

A política de privacidade da SRG SSR oferece informações adicionais sobre o processamento de dados.