Universitários do Equador protestam contra corte orçamentário em meio à pandemia
Centenas de estudantes, professores e funcionários da principal universidade pública do Equador saíram do confinamento nesta terça-feira (5) para protestar contra a redução de cerca de 100 milhões de dólares no orçamento para o ensino superior.
Usando máscaras e mantendo a distância, cerca de 300 pessoas, segundo estimou um policial, se reuniram pacificamente em frente à Universidade Central de Quito e marcharam alguns quarteirões para rejeitar a medida tomada pelo Executivo devido a uma queda na arrecadação de impostos.
O Equador é um dos países latino-americanos mais afetados pelo coronavírus, com quase 32.000 casos e mais de 1.500 mortes. Há ainda mais de 1.300 óbitos prováveis por COVID-19.
A Secretaria de Ensino Superior informou no domingo que devido à crise causada pelo pandemia a arrecadação de impostos diminuiu, o que "implica 10% menos no orçamento da universidade".
O reitor da Universidade Central, Fernando Sempértegui, disse à imprensa que para essa instituição, a redução de 11,3 milhões de dólares é equivalente a pouco mais de 10% do orçamento, acrescentou.
Nancy Medina, reitora da faculdade de Ciências Econômicas, que participou do protesto, disse que a redução do orçamento poderia levar ao "fechamento de nossas salas de aula".
"Quantas pessoas ficariam sem estudar, sendo a Universidade Central uma das maiores, com mais de 40.000 estudantes!", Disse Medina.
Mónica Díaz, estudante de sociologia, classificou o corte do governo do presidente Lenín Moreno, que decretou um toque de recolher de 15 horas por dia ,como "traição".