Anistia volta a criticar a Suíça
Em seu relatório anual 2001, avaliando a situação dos direitos humanos, Anistia Internacional denuncia abusos em 149 países e territórios : pena de morte nos EUA, torturas e maus tratos no Brasil, violências contra estrangeiros indesejáveis na Suíça...
Esse seu estudo de 450 páginas, válido para o ano 2000, e publicado dia 30 de maio, Anistia Internacional passa em revista nos 4 cantos do mundo - como o faz todos os anos, - os abusos mais frequentes dos direitos humanos.
Nos Estados Unidos denuncia em particular a pena de morte contra a qual se posiciona. No país foram executadas 85 pessoas desde 1976. Muitas haviam cometido crimes quando eram menores.
No Brasil, a denúncia é contra "o sistemático uso de tortura" que continua "nas delegacias, prisões de menores" (Febem). Destaca aumento de "mortes pela polícia e esquadrões da morte, especialmente nos centros urbanos". "Assédios, ataques e mortes de ativistas da reforma agrária e indígenas, pela polícia militar e pistoleiros contratados por fazendeiros, com aparente consentimento da polícia e das autoridades". E ainda brutalidades contra "defensores dos direitos humanos".
Em países da Europa, como França, Alemanha e Suíça, a crítica maior é de abusos em relação a estrangeiros que não são bem-vindos, acompanhados de linguagem racista.
No que diz respeito à Suíça escreve : « novas alegações dão conta de maus tratos infligidos a suspeitos de direito comum por policiais, bem como a estrangeiros quando de expulsões forçadas ».
O documento de Anistia aponta em particular 3 casos, envolvendo africanos negros : um ganense detentor de passaporte suíço, um estudante angolano, maltratado em controle policial e de um camaronês surrado quando foi expulso.
Anistia Internacional completou 40 anos de existência, dia 28 de maio. Seu trabalho é respeitado em todo o mundo. Em 1997 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
swissinfo com agências.

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