
A febre do eclipse parou a Europa
A febre do eclipse do Sol no Hemisfério Norte tirou, na Europa, todo o mundo de casa. Ninguém quis perder esse eclipse que foi total em 9 países europeus. Governo suíço suspendeu sessão para assistir ao fenômeno. O mau tempo estragou parte da festa.
O último eclipse solar do milênio foi total em 9 países europeus, estendendo-se por uma faixa de 112 quilômetros de largura. Para essa área afluíram centenas de milhares de pessoas, armadas dos indispensáveis óculos especiais, muito procurados. (Só na Suíça, país de 7 milhões de habitantes, vendeu-se mais de meio milhão). As viagens organizadas para locais onde o Sol ficou totalmente obscuredido esgotaram-se rapidamente, os transportes públicos não satisfizeram à demanda, os hotéis lotaram, e as estradas registraram engarrafamentos inabituais. E na Suíça, também contagiada pela “febre do eclipse”, foi suspensa a primeira reunião do Governo após o recesso estival: a presidente da Confederação, Ruth Dreifuss, e os 6 outros ministros, muniram-se de óculos especiais e foram para o terraço do Palácio do governo assistir ao fenômeno. Mas um céu nublado e mesmo uma chuva fina frustrou muita gente. Alguns viram, outros entreviram e muitos tiveram que se contentar em assistir ao eclipse pela televisão.
Em Genebra, o tempo melhorou 15 minutos antes, a temperatura caiu como se já estivessemos no outuno e, durante alguns minutos, a luz parecia mais da Lua que do Sol. Nas margens do lago Leman, perto do centro da cidade, ouviu-se “o lado escuro da lua”, de Pink Floyd.
Na Piazza Grande de Locarno, Sul da Suíça, onde ocorre o maior festival de cinema do país, no momento do eclipse começou a ser exibido “os pássaros”, de Hitchcook.

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