Especialistas propõem estocagem de lixo nuclear
Especialistas em energia nuclear apresentaram sugestões ao governo para a estocagem de lixo nuclear. As propostas tentam conciliar ecologistas e produtores de energia, prevendo que o material radiotivo seja observado durante um século.
Na Suíça, a questão do lixo nuclear pode ter uma solução satisfatória para ecologistas e meios ligados à produção de energia. Um grupo de especialistas mandatados pelo Ministério da Energia e Meio Ambiente apresentou segunda-feira um projeto para a estocagem de lixo radioativo dentro do próprio país.
Os produtores de energia nuclear defendiam o princípio da estocagem definitiva e os ecologistas eram contra, argumentando que é preciso observar as alterações da matéria e poder recuperá-la para evitar danos às pessoas e ao meio ambiente.
A solução proposta pelos especialistas tenta agradar a gregos e troianos. Está prevista a estocagem definitiva em duas regiões de estrutura geológicas mais adequadas nos estados de Nidwalden e Zurique. No entanto, durante no mínimo 100 anos, haveria a possibilidade de acesso e eventual remoção desse material, se necessário. Além disso, seriam construídas nos mesmos locais galerias para estocagem do mesmo material em menor quantidade e com acesso mais fácil para controles.
A estocagem prevista do material de alta radioatividade é de no mínimo cem mil anos. Se a proposta for aprovada, os custos dos dois depósitos previstos serão de 4 a 5 bilhões de dólares.
O Parlamento vai debater brevemente uma nova lei sobre energia atômica e o ministro da Energia e Meio Ambiente, Moritz Leuenberger, vai apresentar o modelo de gestão do lixo nuclear escolhido pelo governo.
Existem 5 usinas nucleares em funcionamento na Suíça. O total do lixo tóxico a ser estocado nos próximos 40 anos é de aproximadamente 80 mil metros cúbicos.

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