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Mostra online reúne o melhor da produção suíça recente

Cena de Platzspitzbaby
"A garota da Platzspitz" mergulha no cotidiano dos junkies da tristemente célebre praça de Zurique, sob a ótica da filha de uma heroinômana. © Ascot Elite Entertainment Group. All Rights Reserved.

A partir de hoje e até 6 de setembro, a plataforma Sesc Digital exibe gratuitamente o Panorama Digital do Cinema Suíço com 14 filmes e dois programas de curta-metragens. Paralelamente, a mostra oferece também dois pequenos ciclos homenageando o diretor francófono Alain Tanner e o ator Bruno Ganz.

Na programaçãoLink externo, destaca-se o longa “O Fim do Mundo” (o título original é assim mesmo, em português), de Basil da Cunha, cineasta de origem portuguesa que cresceu na Suíça francófona, e que, ao se mudar para Lisboa, estabeleceu-se no bairro periférico da Reboleira, marcada pela imigração cabo-verdiana e das ex-colônias africanas. Da Cunha logo ficou íntimo da comunidade local por meio do rap, e transformou seus companheiros em atores de seus filmes. “O Fim do Mundo” foi destaque no festival de cinema de Locarno no ano passado e já tem sido comparado a clássicos como “Faça a Coisa Certa” (1989), de Spike Lee, “Boyz in the Hood” (1991), de John Singleton, e “O Ódio” (La Haine, 1995), de Mathieu Kassovitz.   

Outra produção recente no programa é “Needle Baby”, de Pierre Monnard, baseado na autobiografia da escritora Michelle Halbheer. A tradução mais correta do título seria A garota da Platzspitz, área de Zurique tristemente famosa nos anos 80 e 90 como a maior concentração de “junkies” (usuários de drogas) do mundo ocidental, até sua limpeza definitiva em 1998. As agruras dos toxicômanos e de seus próximos é aqui retratada pela ótica da filha de uma viciada.

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“Bruno Manser – A Voz da Floresta” (Bruno Manser – Die Stimme des Regenwaldes – 2019), de Niklaus Hilber, é uma biografia do ativista ambiental suíço que desapareceu misteriosamente na Malásia em maio de 2000. O filme foi bastante criticado por inconsistências na reconstituição da história de Manser, mas toca em uma situação bastante familiar aos brasileiros preocupados com a preservação das florestas.

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Dois dos mais importantes filmes de Alain Tanner, “Charles Morto ou Vivo” (Charles mort ou vif – 1969) e “A Cidade Branca” (Dans la Ville Blanche – 1983) dão uma boa ideia do cinema deste que foi um dos principais nomes de uma das melhores gerações cinematográficas da Suíça, ativa a partir do fim da década de 1960. Tanner disse uma vez que “Cidade Branca” jamais poderia ter sido realizado se não fosse a atuação de Bruno Ganz, famoso no Brasil por seus papéis como o anjo Gabriel em “Asas do Desejo” (1987), de Wim Wenders, como Adolph Hitler em “A Queda” (2004), de Oliver Hirschbiegel – aquele mesmo do meme.  

O cineasta Alain Tanner em 1972
Alain Tanner, durante o lançamento de seu filme “A Salamandra” (1972 Keystone / Str

Cinco documentários, gênero em que os suíços se destacam internacionalmente, e duas séries de curtas (uma para o público infantil) completam a programação. A mostra é uma realização do Consulado da Suíça em São Paulo e do Sesc São Paulo, em parceria com a agência de cinema SWISS FILMS.

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