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Nova vacina contra dengue é testada com sucesso na Suíça

mosquito
© Keystone / Ennio Leanza

Os resultados de um estudo clínico sobre um novo tipo de vacina que induz a imunidade celular para combater a dengue são positivos e encorajadores.

A Unisanté, em Lausanne, realizou um estudo clínico sobre um novo tipo de vacina que induz a imunidade celular para combater a dengue. Os resultados, publicados no The Lancet eBioMedicine, são positivos e encorajadores.

O aquecimento global e a urbanização estão facilitando a disseminação do mosquito tigre, responsável pela dengue. A OMS estima que quase metade da população mundial vive em áreas de alto risco, e os casos de dengue aumentaram oito vezes em 20 anos. Portanto, ter uma vacina eficaz é uma prioridade, disse a Unisanté em um comunicado à imprensa na segunda-feira.

Atualmente, há duas vacinas contra a dengue disponíveis na Europa, mas elas estão se mostrando insatisfatórias em termos de segurança e eficácia. Sua tecnologia é baseada na produção de anticorpos que, em certos casos, podem aumentar a gravidade da doença.

É por isso que a Unisanté avaliou a segurança e a resposta imunológica de uma possível vacina projetada usando uma tecnologia inovadora para induzir a imunidade celular, sem estimular a produção de anticorpos.

Uma nova abordagem

A vacina testada, PepGNP-Dengue, foi desenvolvida pela Emergex Vaccines, uma empresa de biotecnologia sediada no Reino Unido. Ela consiste em uma nanodose de fragmentos sintéticos do vírus fundidos a nanopartículas de ouro. Outra característica especial é que ela é administrada sob a pele usando uma microagulha.

A vacina depende dos linfócitos T, que são responsáveis pela imunidade celular, para eliminar as células infectadas pelo vírus e impedir sua replicação. Para avaliar a segurança dessa vacina, que está sendo administrada em humanos pela primeira vez, a empresa escolheu a Unisanté devido à experiência acumulada da instituição na avaliação de vacinas candidatas contra o Ebola e a malária em particular.

O objetivo desse estudo de fase 1 foi determinar se a vacina não induziu efeitos colaterais indesejáveis graves em voluntários saudáveis. Um total de 26 participantes com idades entre 18 e 45 anos foram vacinados em Lausanne em 2021 e acompanhados por seis meses até março de 2022.

Também contra a Covid

No estudo conduzido pela equipe de Blaise Genton e Alix Miauton, não foram relatados eventos adversos graves. Os efeitos colaterais locais (por exemplo, dor no local da injeção) foram os mais frequentemente relatados.

Os resultados imunológicos indicam que o PepGNP-Dengue pode estimular uma resposta celular específica contra o vírus da dengue, sem produzir anticorpos. Esse trabalho incentiva uma investigação mais aprofundada dessa candidata a vacina e é considerado promissor para outras doenças em que a imunidade celular é importante.

Uma possível vacina para a Covid-19, baseada na mesma tecnologia, também foi testada pela Unisanté em 26 participantes. Os resultados estão sendo publicados atualmente.

Traduzido por Deepl/Fernando Hirschy

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