Europa adota norma suíça para o chocolate
O Parlamento europeu autorizou a produção e comercialização do chocolate com até 5 p/cento de gorduras vegetais. Essa norma já vigora na Suíça desde 1995. A indústria reduz custos de produção e abre novos mercados. Os produtores de cacau exportarão menos.
A receita tradicional do chocolate com cacau, gordura de cacau e açúcar tende a desaparecer na Europa. O Parlamento europeu aprovou a produção e a comercilização do chocolate com até 5 p/cento de gorduras vegetais. Sete países da União Européia já adotavam essa norma, agora extendida aos 15 países da UE, em nome da harmonização do mercado. França e Bélgica eram contra, denunciando a autorização do “chocolate impuro”.
A Suíça adotou essa norma em 1995 e houve fortes pressões da indústria para aprovar a medida na União Européia. Para os industriais, o sabor do chocolate não se altera mas o fato é que os custos de produção são reduzidos. Porta-voz da Nestlé, por exemplo, afirma que o interesse maior é que o chocolate com gorduras vegetais tem uma melhor conservação e, portanto, abre perspectivas de crescimento das vendas nas regiões de clima quente.
O impacto será importante para os países exportadores de cacau. O exemplo mais citado é da Costa do Marfim, principal produtor mundial, que perderá cerca de 300 milhões de dólares por ano, segundo especialistas.
A Suíça produz, em média, 130 mil toneladas de chocolate por ano, metade para a exportação. Os suíços são os maiores consumidores mundiais com 11 kg por pessoa, por ano.
swissinfo com agências.

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