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Imprensa interpreta "triunfo" de Jacques Chirac

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Em sintonia com a imprensa européia, jornais suíços descrevem a esmagadora vitória de Chirac na França como rejeição da extrema direita. E alerta para os desafios que aguardam os políticos do País.

Este conteúdo foi publicado em 06. maio 2002 - 14:33

Na França, a reeleição do presidente Jacques Chirac por novo mandato de 5 anos não é um cheque em branco. É um "referendo" (Blick, de Zurique) ou "plebiscito" (Bund, de Berna) contra a extrema direita, encarnada por Jean-Marie Le Pen, líder da Frente Nacional. Não tem portando nada a ver com popularidade, realça o Bund.

Impacto das eleições legislativas

Le Pen, como se sabe, surpreendeu todo o mundo, como candidato mais votado depois de Chirac, dia 21 de abril, chegando assim ao segundo turno. As sondagens davam como certo que o primeiro-ministro, Lionel Jospin, disputaria a presidência com Chirac, na segunda etapa, realizada no domingo 5/4.

A imprensa suíça manifesta satisfação com a vitória de Chirac, mas indaga se o presidente e também os partidos da frente republicana saberão tirar lição do que se descreveu como "terremoto" do primeiro escrutínio.

Nessa perspectiva, as atenções estão voltadas para as eleições legislativas de 6 de junho. Só as legislativas vão provar o estado real das forças políticas, estima o Neue Zürcher Zeitung (NZZ, de Zurique).

Pior cenário

A esse respeito, o diário Le Matin, de Lausanne, e o Tribune de Genève (Genebra) evocam a responsabilidade esmagadora de Chirac. E o tempo urge, porque as eleições acontecem dentro de um mês.

O pior que poderia acontecer, segundo o Le Temps, de Genebra, é uma repetição da "coabitação política" (primeiro-ministro de esquerda e presidente de direita). O jornal acha que Chirac deve demonstrar agora ser capaz de traduzir a reeleição em maioria parlamentar sólida.

E a propósito, o Tribune de Genève acha que a Frente Nacional, de Le Pen, tem capacidade "considerável" de atrapalhar Chirac Em caso de polarização "triangular" a extrema direita poderia fazer a cama da esquerda.

Mas segundo o Le Courrier, outro jornal genebrino, a grande incógnita é justamente a capacidade de reação da esquerda (depois da humilhação de 21 de abril).

"Reinventar a França"

Comentário do jornal Blick escreve que "se os partidos do governo se negarem a levar a sério as preocupações dos eleitores mais seriamente, pode-se esperar mais drama".

O Basler Zeitung (de Basiléia) destaca que nem todos os que votaram em Le Pen são fascistas, estimando que muitos apenas expressando pouco à vontade em "uma sociedade com reais problemas" (em particular a insegurança, amplamente explorado pela extrema direita e os demais partidos "burgueses").

E, por fim, Le Nouvelliste (Sion) aponta a missão gigantesca dos partidos: "reinventar a França".

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