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Juiz anula julgamento por estupro contra Harvey Weinstein

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O juiz de instrução do caso que levou o ex-produtor de cinema Harvey Weinstein de volta ao banco dos réus declarou a anulação do julgamento da acusação de estupro por divergências entre os membros do júri. 

“As deliberações se tornaram tão acaloradas que me vejo obrigado a declarar a anulação do julgamento da única acusação sobre a qual ainda não chegaram a um veredicto”, disse o juiz Curtis Farber ao júri. 

Na quarta-feira, o júri condenou Weinstein por agressão sexual contra Miriam Haley e o absolveu da agressão sexual contra Kaja Sokola. 

O júri deveria deliberar nesta quinta-feira sobre a acusação de estupro contra Jessica Mann em 2013. 

O processo tem sido marcado por recorrentes problemas pessoais entre os membros do júri, dois dos quais reclamaram reservadamente ao juiz sobre a conduta de seus colegas. 

O presidente do júri informou ao juiz que não poderia continuar após receber ameaças. 

Depois que o advogado de Weinstein, Arthur Aidala, pediu a anulação do julgamento devido a divergências entre os jurados, Weinstein dirigiu-se ao tribunal com uma voz autoritária: “Ouvimos ameaças, violência, intimidação… isso não é certo para mim… a pessoa que está sendo julgada aqui”, disse.

O outrora todo-poderoso astro de Hollywood, cuja queda deu origem ao movimento #MeToo, foi condenado em 2020 a 23 anos de prisão pelo estupro e agressão sexual de Mann e Haley, respectivamente. 

No entanto, o Tribunal de Apelações de Nova York anulou a condenação no ano passado devido a falhas processuais e exigiu um novo julgamento.

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