O desemprego urbano na Colômbia sobe para 24,9% em junho devido ao efeito da pandemia
A Colômbia registrou desemprego urbano de 24,9% em junho, em comparação a 10,7% no mesmo mês do ano passado, o que mostra a forte deterioração das atividades como resultado da pandemia, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (30).
Assim, o desemprego anual aumentou 14,2 pontos percentuais, afirmou o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE).
O indicador, que também avançou em relação a maio, quando estava em 24,5%, reflete a pior queda no mercado de trabalho desde 2001, quando as medições começaram com a metodologia atual.
Essa taxa registra o comportamento do emprego nas 13 grandes cidades e áreas metropolitanas, onde se concentra o maior número de empregos, e serve como referência para o mercado.
A informalidade atingiu 45,3% em junho nessas áreas, disse o DANE.
Nacionalmente, a taxa de desemprego era de 19,8%, frente a 9,4% em junho de 2019.
“A população empregada em junho de 2020, em todo o país, era de 18,3 milhões de pessoas. No mesmo mês de 2019, esta população era de 22,6 milhões de pessoas, refletindo uma redução de 4,3 milhões ocupadas”, disse a agência em nota.
Em maio, porém, o desemprego no país atingiu 21,4%.
Entre os setores mais atingidos estão atividades artísticas, entretenimento, recreação e outros serviços.
O economista Luis Fernando Mejía, diretor da Fundação para o Ensino Superior e Desenvolvimento (Fedesarrollo), enfatizou o aumento “preocupante” da “desigualdade de gênero” no acesso ao emprego, em uma transmissão de vídeo no Twitter.
Segundo o DANE, em junho a taxa de desemprego para mulheres no país era de 24,9%, enquanto dos homens era de 16,2%, contra 12,3% e 7,3%, respectivamente, no mesmo período de 2019.
Para 2020, o governo de Iván Duque prevê um dos “piores” desempenhos econômicos da história devido à paralisação provocada pela pandemia e à queda nos preços do petróleo.
O presidente estendeu as medidas de contenção na terça-feira “até 30 de agosto”, após a propagação de infecções que já deixam mais de 9.400 mortos em quase cinco meses.
As restrições, que entraram em vigor em 25 de março e deveriam ser levantadas em 1º de agosto, permitiram várias exceções devido ao colapso da economia.