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Suíça intensifica contatos diplomáticos no Oriente Médio

Boa parte da capital libanesa, Beirute, já foi destruída. Keystone

A diplomacia suíça se esforça para tentar conter as violências no Oriente Médio. Foi o que disse a ministra suíça das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, ao primeiro-ministro libanês.

No Líbano, a evacuação de cerca de 400 suíços organiza-se dificilmente.

A ministra suíça das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, falou terça-feira (18) por telefone com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, que contou como está a situação humanitária em seu país.

O chefe do governo libanês pediu a criação de um corredor humanitário marítimo entre o Líbano e Chipre, segundo o Ministério das Relações Exteriores (DFAE).

A chanceler suíça reiterou o apoio da Suíça “nessa fase difícil”. Cinco especialitas serão enviados rapidamente como reforço ao pessoal da embaixada suíça em Beirute.

Entre eles, estão técnicos especializados em ajuda humanitária de urgência. Eles entrarão em contato com o gabinete do primeiro-ministro libanês para avaliar de maneira mais precisa as necessidades e planejar uma ajuda humanitária.

No Líbano, os suíços são evacuados a conta-gotas. Somente quinze deixaram o país terça-feira (18), seis deles por navio até Chipre e depois, de avião, para a Suíça.

Os outros nove chegaram a Damasco na Suíça, pela estrada. Outras operações estão em curso, garante o DFAE, sem fornecer detalhes.

Listas são modificadas

«As crianças não acompanhadas, os doentes e os feridos têm prioridade, precisa um suíço cuja partida foi adiada. As listas são modificadas antes da partida dos navios”.

Os cidadãos suíços que não puderam embarcar no navio Iera Petra, segunda-feira, foram enquadrados pelo pessoal diplomático suíço. Mais duas viagens do mesmo navio estão previstas hoje (19) e sexta-feira (21).

A Suíça, que colabora com outros países para organizar as evacuações não fica em plano secundário, garante o porta-voz do DFAE, Jean-Philippe Jeannerat. Ele afirma que essas operações ocorrem em um contexto muito difícil. Berna reservou um navio para sexta-feira (21).

Os que querem partir

Cerca de 400 cidadãos suíços – turistas e residentes – querem sair do Líbano. Outros 130 foram evacuados no final de semana pela estrada, rumo a Síria.

A situação mais delicada é a de cerca de 50 pessoas estabelecidas no sul do Líbano, particularmene na região de Tyr, muito atingida pelos bombardeios da aviação israelense.

O DFAE presta assistência e tenta acelerar a evacuação dessas pessoas. Com a ajuda da ONU e de outros países talvez isso seja possível na noite de quarta-feira (19).

“As pessoas ainda estão nas estradas e, atualmente, não temos informações sobre eventuais vítimas suíças”, acrescenta Jean-Philippe Jeannerat.

Situação humanitária catastrófica

No sétimo dia da ofensiva, a aviação israelense intensificou seus bombardeios contra o exércio libanês e bombardeou objetivos civis no Líbano.

Por enquanto, os protagonistas recusaram um cessar-fogo e mantém suas posições.

A situação humanitária é “catastrófica” no Libano onde 500 mil pessoas foram deslocadas pela ofensiva israelense, segundo o representante do Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância – em Beirute, Roberto Laurenti.

swissinfo com agências

838 cidados suíços vivem no Líbano.
713 têm dupla nacinalidade, libanesa e suíça.
Atualmente, algumas centenas de turistas suíços estão no Líbano.
Os suíços que têm parentes na região e que estão sem notícias deles podem ligar para a Proteção Consular, em Berna, número +41 31 324 98 08, entre 8 e 18 hs, inclusive sábado e domingo.

– Israel começou a atacar o Líbano depois do Hezbollah ter raptado dois soldados israelenses.

– Depois de 7 dias de ataques, o número de vítimas ultrapassa 230 mortos e o êxodo do Líbano continua.

– O aeroporto de Beirute e as estradas foram destruídas e muitas pessoas tentam sair do país de navio.

– Em Israel, os ataques do Hezbollah causaram mais de 20 mortos.

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