
Países vêem a Suíça como “construtora de pontes” do Conselho de Segurança

Os países esperam que a Suíça ajude a construir pontes quando tomar seu assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas em janeiro, segundo a embaixadora suíça Pascale Baeriswyl.
A Suíça deverá ocupar um dos dez assentos não permanentes no Conselho de Segurança pela primeira vez em sua história, em 1º de janeiro de 2023. O Estado alpino foi votado para o importante fórum internacional no início deste ano.
O papel dos membros não-permanentes é lembrar as cinco potências permanentes – Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França – de suas responsabilidades e oferecer posições moderadas, disseLink externo Baeriswyl, embaixadora da Suíça na ONU em Nova York, em entrevista ao jornal Blick na sexta-feira.
Como as resoluções da ONU exigem pelo menos nove votos, os membros não permanentes têm um papel importante a desempenhar, declarou ela.
A Suíça será muito clara “quando se trata de proteger o direito internacional e os direitos humanos”, disse Baeriswyl.
O mandato suíço é “muito rigoroso”, disse ela.
“Pode haver três, quatro ou cinco reuniões por dia, muitas vezes urgentes. Há também negociações. Ainda temos que finalizar a posição da Suíça e pensar na melhor maneira de nos posicionarmos taticamente e estrategicamente”, disse ela.

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O fato da Suíça ser neutra não é um problema, disse a embaixadora.
“Há muitas pessoas no mundo inteiro, mesmo aquelas que não têm uma função política, que sabem que a Suíça é neutra e que dão grande importância a ela”, disse.
A neutralidade é também um sinal de identificação em nível internacional, observou ela. Se ela fosse abandonada, a Suíça perderia “parte de sua credibilidade”.
A Suíça se juntará à Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Emirados Árabes Unidos como membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU em janeiro de 2023.

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