Desde o início do conflito, a Suíça introduziu um visto especial “S” para os refugiados e envolveu atores relevantes em diferentes níveis, disse ela em uma entrevista ao jornal Tages-Anzeiger publicada no sábado. Comparando o sistema federativo suíço a uma das esculturas cinéticas do escultor Jean Tinguely, ela disse ao jornal que “leva tempo para começar, mas uma vez que começa, funciona”.
Mas segundo ela, novos problemas surgem a cada dia e não se sabe quantos refugiados ainda chegarão. Serão necessárias mais acomodações em casas particulares. Keller-Sutter disse ao jornal que em breve nomearia uma pessoa para desenvolver um planejamento a médio e longo prazo.
Cerca de 22.000 refugiados ucranianos foram registrados na Suíça desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Retornar “o mais rápido possível”
A maioria das pessoas que fugiram da guerra – principalmente mulheres e crianças – não se consideram refugiadas e “querem retornar o mais rápido possível”, disse Keller-Sutter.
Christine Schraner Burgener, chefe da Secretaria de Estado para as Migrações (SEM), concorda. Em uma entrevista ao Le Temps também publicada no sábado, ela disse que todas as ucranianas que encontrou na fronteira em Chiasso (fronteira da Suíça com a Itália, n.d.r.) em 30 de março “disseram que não queriam ser dependentes da sociedade e que queriam voltar para casa o mais rápido possível”.
Enquanto isso, essas mulheres, muitas vezes altamente qualificadas, devem poder trabalhar, disse Schraner Burgener, enfatizando a necessidade de resolver o problema da falta de creches.
Existem atualmente 9.000 lugares para os refugiados nos centros federais de asilo, disse ela ao Le Temps, mas este número deve aumentar para 12.000 nas próximas semanas.
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