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Candidatos Lescano, De Soto e Mendoza lideram intenção de voto no Peru

Yonhy Lescano, candidato à Presidência do Peru pelo partido Ação Popular, durante comício de campanha em Lima, 29 de março de 2021 afp_tickers

Uma semana antes das eleições no Peru, o candidato presidencial de centro-direita Yonhy Lescano (10%) ainda lidera as pesquisas de intenção de voto apesar de cair, acompanhado pela esquerdista Verónika Mendoza (9%) e o direitista Hernando de Soto (9%), de acordo com uma pesquisa publicada neste domingo (4).

O estudo da Ipsos para o jornal El Comercio confirma as previsões que garantem que a eleição será apertada e nenhum dos 18 candidatos ganhará a presidência no domingo, 11 de abril, portanto haverá um segundo turno no dia 6 de junho.

A distância entre o primeiro e o sétimo candidato é de apenas 4,0 pontos.

Em quarto lugar estão empatados, com 8%, o ex-jogador de futebol George Forsyth (centro-direita) e Keiko Fujimori (populista direita).

O candidato da extrema-direita Rafael López Aliaga caiu três posições e ficou em sexto, ao lado do esquerdista Pedro Castillo, ambos em 6%.

Lescano caiu cinco pontos em relação ao levantamento anterior de março, enquanto De Soto (+5 pontos) e Mendoza (+3) são os que se recuperam e tornam imprevisível o final.

“Considerando a margem de erro, a situação é de um empate estatístico virtual entre todos eles”, escreveu o chefe da Ipsos no Peru, Alfredo Torres, sobre os candidatos que aparecem nos cinco primeiros lugares.

“O Peru enfrenta em uma semana a eleição mais fracionada de sua história”, destacou o representante da Ipsos no El Comercio.

Os peruanos devem ir às urnas no próximo domingo para eleger o sucessor do presidente interino Francisco Sagasti e renovar o Congresso, de 130 membros, enquanto a pandemia não dá trégua.

Na pesquisa anterior da Ipsos, publicada em 14 de março, Lescano liderava os votos com 15%, seguido por Forsyth (10%) e López Aliaga (8%).

O estudo da Ipsos consultou 1.505 cidadãos em suas residências nas 25 regiões do país, com margem de erro de 2,5%.

Os mercados sentiram os efeitos da incerteza eleitoral e a taxa de câmbio subiu para um recorde de quase 3,8 soles.

A campanha acontece em meio a uma segunda onda da pandemia, com o anúncio no domingo de um terceiro candidato que testou positivo para covid-19, George Forsyth, e que suspendeu os atos públicos. Antes, Julio Guzmán (centro) e Ciro Gálvez também foram diagnosticados com a doença.

Outra pesquisa, do IEP e publicada pelo jornal La República, aponta um empate virtual quíntuplo, embora em uma ordem diferente.

Os candidatos Keiko Fujimori e Hernando de Soto aparecem na frente com 9,8%, seguidos de Rafael López Aliaga (8,4%), Yonhy Lescano (8,2%) e Verónika Mendoza (7,3%).

A pesquisa foi feita a partir de entrevistas telefônicas com 1.215 pessoas de 1º a 2 de abril. A margem de erro é de 2,8%.

“Dada a falta de representação (dos partidos), a votação será decidida no último minuto”, diz Patricia Zárate, chefe da pesquisa do IEP.

“O ‘sem escolha’ é de 28%”, opção majoritária, destaca Zárate ao se referir ao elevado número de indecisos na pesquisa do IEP.

“As duas pesquisas nos permitem concluir que, a uma semana das eleições, nada está decidido”, aposta o analista Fernando Tuesta.

Os peruanos devem ir às urnas no próximo domingo para eleger o sucessor do presidente interino, Francisco Sagasti, e renovar o Congresso, de 130 membros, enquanto a pandemia não dá trégua.

No Peru, mais de 1,5 milhão de pessoas foram infectadas, com mais de 52.000 mortes. Houve um recorde de 294 mortes diárias no sábado e quase 13.000 infecções na quinta-feira, mas as autoridades descartaram o adiamento da votação.

Em 11 de abril, mais de 25 milhões de eleitores são chamados às urnas em um país onde o voto é obrigatório e a não participação é punível com multa de pelo menos US$ 20.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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