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Cientistas argentinos provam que plasma de recuperados reduz mortes por covid

Foto tirada em 29 de dezembro de 2020 e publicada pela Télam, mostra dois profissionais de saúde carregando caixas com doses da vacina Sputnik V em Mar del Plata afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 07. janeiro 2021 - 17:26
(AFP)

A administração de plasma de convalescente a pacientes com covid-19 nas primeiras 72 horas da doença reduz pela metade o risco de quadro crítico, concluiu um estudo liderado pelo infectologista argentino Fernando Polack e publicado pelo The New England Journal of Medicine.

"É uma alternativa se alguém com mais de 65 anos se infectar. Mas é como um seguro-saúde, você tem que ter quando ainda está saudável, porque não há tempo a esperar e ver o que acontece: se você está mal, o plasma é inútil", resumiu Polack.

O estudo recém-publicado na revista científica aborda os resultados da administração precoce de plasma com alto teor de anticorpos para prevenir formas graves da covid-19 em adultos mais velhos.

Com base nos resultados, "o estudo diz que em todos os pacientes a incidência da doença grave foi cortada pela metade", indicou.

"Temos certeza de que o plasma é útil nos primeiros três dias de doença, ou seja, você tem (um prazo de) 72 horas de sintomas para recebê-lo", disse o cientista à Rádio Con Vos nesta quinta-feira.

Polack explicou que os resultados dependem da quantidade de anticorpos presentes no plasma.

"Os melhores provedores são os pacientes que foram hospitalizados porque têm mais anticorpos e as pessoas que foram vacinadas", disse ele, definindo estas últimas como "doadores privilegiados em potencial".

"Em uma sociedade desamparada contra o coronavírus, ser vacinado significa estar protegido e também ter a possibilidade de doar plasma, o que significa seis tratamentos para seis idosos para cada pessoa que doa duas vezes no mês”, disse.

Polack liderou a equipe de cientistas da Fundação Infant, criada por ele em 2003 para estudar doenças respiratórias infantis, que realizou o estudo em colaboração com hospitais públicos e instituições privadas entre junho e outubro de 2020.

O estudo envolveu 200 doadores de plasma e 120 pacientes voluntários, metade tratados com placebo, bem como mais de 200 profissionais da saúde.

No entanto, a Argentina não tem atualmente capacidade para aplicar este tratamento em seu sistema de saúde.

"Hoje não existe, é algo em construção dentro do sistema público e privado. É preciso gerar um arsenal (de plasma) que será uma ponte até que haja uma vacina para a maior parte da população", explicou Polack. Q

Quando isso acontecer, "nada disso vai importar. Existe plasma para sarampo, catapora, hepatite, mas ninguém ouve sobre isso porque existe uma vacina".

A Argentina iniciou sua campanha de vacinação contra a covid-19 em 29 de dezembro, com a russa Sputnik V. Também aprovou a da Pfizer-BioNTech e a da AstraZeneca/Oxford.

Até agora, o país sul-americano soma 1,67 milhão de infecções e quase 44.000 mortes por covid.

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