Perspectivas suíças em 10 idiomas

Conselho Eleitoral do Equador suspende partido que apoia ex-presidente Correa

Foto de 9 de outubro de 2019 do ex-presidente do Equador Rafael Correa em Bruxelas afp_tickers

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador decidiu, no domingo (19), suspender quatro organizações políticas, incluindo o partido Força de Compromisso Social (FCS), que apoia o ex-presidente de esquerda Rafael Correa, que governou o país entre 2007 e 2017.

“Fica sem efeito o registro dos movimentos nacionais Podemos, lista 33; Força de Compromisso Social, lista 5; Liberdade é Povo, lista 9; e Justiça Social, lista 11”, decidiu a sessão plenária do CNE.

O mais alto órgão eleitoral atendeu assim a uma solicitação da Controladoria Geral do Estado, que observou irregularidades nos processos de registro dessas formações políticas.

Com isso, as quatro organizações não poderão participar das eleições de 2021.

“Que palhaçada! Eles não têm vergonha profissional!”, tuitou Correa, que afirma ser alvo de perseguição política pelo governante Lenín Moreno, seu ex-aliado e ex-vice-presidente.

O movimento FCS participou das últimas eleições locais em 2017, com candidatos apoiados por Correa, que vive atualmente na Bélgica e foi recentemente condenado em primeira instância a oito anos de prisão por corrupção e enfrenta uma ordem de prisão por outro julgamento em andamento.

Força de Compromisso Social conquistou a prefeitura de Pichincha (cuja capital é Quito), com Paola Pabón.

O CNE concedeu aos partidos sancionados 10 dias “para apresentar suas provas, elementos de defesa e observações”.

O presidente Moreno, eleito em 2017 com o apoio de Correa, lidera o movimento Aliança País, que foi fundado pelo ex-governante e que o levou ao poder em 2007.

Correa deixou o movimento após a briga com o atual presidente, que o acusa de planos desestabilizadores.

Faltando sete meses para as eleições gerais no Equador, ainda não há anúncios oficiais de candidatos à presidência para o período 2021-2025. Correa ameaçou concorrer à vice-presidência.

Mas, se a condenação por corrupção for confirmada, o ex-presidente verá o fim de sua carreira política.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR