Diretora do metrô da Cidade do México deixa o cargo após acidente fatal
A diretora do metrô da Cidade do México deixou o cargo após dois meses do acidente neste sistema de transporte que deixou 26 mortos, informou a prefeita Claudia Sheinbaum nesta segunda-feira (28).
"Queremos agradecer à senhora Florencia Serranía por todos os esforços e trabalho", afirmou a prefeita, sem especificar se a funcionária, que esteve presente durante o anúncio, renunciou ou foi demitida.
Sheinbaum destacou o "esforço" de Serranía durante o período no cargo, iniciado em dezembro de 2018, e não mencionou o acidente fatal de 3 de maio.
Naquela noite, uma seção elevada do metrô desabou e dois vagões ficaram suspensos cerca de 12 metros acima do solo. Além das vítimas, ao menos 80 pessoas ficaram feridas.
Depois do acidente, trabalhadores sindicalizados do metrô exigiram a saída de Serranía, que também foi responsabilizada por outro acidente em janeiro, quando um incêndio na central de controle do sistema deixou um morto e 29 intoxicados.
Em março de 2020, dois trens colidiram, deixando um morto e 41 feridos.
A prefeita nomeou Guillermo Calderón como o novo diretor do metrô, que até agora esteve à frente dos transportes elétricos da metrópole.
"A primeira instrução que recebi do chefe de governo é continuar o trabalho para garantir aos usuários um metrô seguro e eficiente", afirmou Calderón em sua primeira mensagem como diretor.
Acrescentou que a prefeita e o presidente Andrés Manuel López Obrador lideram os esforços para recuperar a Linha 12, assim como prestar apoio às vítimas e seus familiares.
Um relatório preliminar da empresa norueguesa DNV indicou que a causa do acidente foi uma "falha estrutural" causada por "deficiências no processo de construção" e na soldagem dos parafusos que uniam as partes do elevado.