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Ex-paramilitares são condenados por abuso sexual a indígenas na Guatemala

(Arquivo) Fotografias de desaparecidos na Guerra Civil da Guatemala exibidas durante manifestação de grupo de direitos humanos na Cidade da Guatemala, em 6 de abril de 2018 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 25. janeiro 2022 - 00:46
(AFP)

Cinco ex-paramilitares guatemaltecos foram condenados nesta segunda-feira (24) por um tribunal a 30 anos de prisão pela violência sexual cometida contra mulheres indígenas no município de Rabinal na década de 1980, durante a guerra civil (1960-1996).

O juiz Gervi Sical, do Tribunal de Alto Risco A da capital, disse ao proferir a sentença que as penas foram impostas por crimes contra a humanidade.

"Acreditamos firmemente nos depoimentos das mulheres que foram violentadas sexualmente", disse Sical na resolução contra os cinco ex-integrantes do grupo paramilitar Patrulhas de Autodefesa Civil (PAC), criado pelo exército.

Os condenados são os irmãos Benvenuto e Bernardo Ruiz, de 63 e 57 anos, e Damián (67), Gabriel (60) e Francisco (66), todos parentes de sobrenome Cuxum. Eles ouviram o veredicto por meio de videoconferência da prisão militar onde estão detidos na capital.

As mulheres da etnia achí foram vítimas de múltiplos abusos sexuais em aldeias do município de Rabinal e em uma base do Exército nesse povoado maia, cerca de 175 quilômetros ao norte da capital por estrada, durante a repressão estatal contra facções guerrilheiras.

Participaram do processo criminal "36 sobreviventes de violência sexual" como denunciantes e demandantes, mas "por se tratarem de autores materiais, só podiam ser julgados os atos que cada um (dos acusados) cometeu contra cinco" delas, explicou à AFP Hayddé Valey, uma das três advogadas indígenas que representaram as vítimas.

O julgamento começou em 5 de janeiro, uma década após a apresentação das denúncias, e durante as audiências foram apresentadas perícias sociais e depoimentos de testemunhas e vítimas, entre outras provas.

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