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Lacalle Pou se vacina contra covid e descarta quarentena obrigatória no Uruguai

Presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, em entrevista coletiva sobre as novas medidas para frear a escalada da covid-19 no país, em 23 de março de 2021, em Montevidéu afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 29. março 2021 - 15:25
(AFP)

O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19 nesta segunda-feira (29) e descartou decretar quarentena obrigatória, apesar do aumento de mortes de pacientes infectados no país.

"O governo não vai estabelecer a quarentena obrigatória, porque não acredita em um Estado policial", disse o presidente em entrevista coletiva na saída do centro de vacinação, onde recebeu a primeira dose da CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac.

Embora a vacinação avance a um bom ritmo - em quase um mês 15% da população recebeu a primeira dose da CoronaVac, ou da Pfizer -, desde fevereiro os números diários de casos e óbitos não param de bater recordes.

O país de 3,4 milhões de habitantes - que durante maior parte de 2020 foi um modelo na América Latina por seu controle bem-sucedido - registra 97.406 infecções e 915 mortes de pacientes com covid-19.

Neste final de semana, chegou-se a 35% de ocupação dos leitos de terapia intensiva para casos de covid-19, o que é considerado o limite para se entrar na "zona vermelha" de saturação do sistema de saúde.

Neste contexto, a comunidade científica e as associações médicas, bem como a oposição e mesmo os sócios políticos do governo, exigem medidas mais restritivas da mobilidade.

Lacalle defende, no entanto, que as medidas tomadas na semana passada, como a suspensão das aulas, ou o encerramento de algumas repartições públicas, se fossem "acompanhadas dos comportamentos individuais, seriam suficientes".

O presidente esclareceu ainda que ouve as demandas por medidas mais drásticas.

"A questão são as decisões que se tem que tomar, que estão fortemente ancoradas na ciência e também no que se considera, como um governante, que pode ter eficiência, ou eficácia (...) Que medida vai realmente parar isso? Isso é o que avaliamos diariamente", afirmou.

Lacalle disse que "o mais fácil" teria sido decretar o confinamento obrigatório quando vários setores da sociedade fizeram esse pedido já em março de 2020, logo que situação de emergência sanitária foi declarada.

"Se você olha para o estádio e você tem as quatro arquibancadas que gritam para você 'quarentena, quarentena!', você joga para as arquibancadas", comparar.

Ele insistiu, porém, em que o governo "tem que avaliar o que pode ser cortado da vida cotidiana dos indivíduos". Defendeu ainda que um fechamento total economia poderia deixar as pessoas sem um salário fixo no fim do mês. "Tem que pensar nisso", completou.

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