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Maduro diz que Guaidó 'acabará fugindo' da Venezuela como Leopoldo López

Foto divulgada pela Presidência da Venezuela mostra o presidente Nicolás Maduro durante coletiva de imprensa virtual com a imprensa internacional no Palácio de Miraflores, em Caracas, 28 de outubro de 2020 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 29. outubro 2020 - 00:15
(AFP)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou nesta quarta-feira (28) que o líder parlamentar opositor Juan Guaidó acabará "fugindo", assim como seu mentor, Leopoldo López, que deixou o país no fim de semana após passar 18 meses hospedado na residência oficial do embaixador da Espanha em Caracas.

Guaidó "vai acabar no exterior, fugindo. Quantas vezes Leopoldo López disse: 'não vou embora'", disse o presidente durante uma coletiva de imprensa.

"Diz-se a Guaidó que se prepare para ir preso e ele sai correndo da Venezuela morar no bairro Salamanca, em Madri. Que corajoso é Leopoldo López! Esse é o meu líder, compadre!", ironizou Maduro em alusão às declarações na véspera de López na capital espanhola, de onde prometeu lutar pela saída "do ditador".

Maduro disse que o embaixador da Espanha em Caracas, Jesús Silva, "negociou" com o governo de Pedro Sánchez, chefe do governo espanhol, a concretização da saída de López, acusado de incitação à violência em manifestações que deixaram 40 mortos e 3.000 feridos na Venezuela em 2014 e condenado a mais de 14 anos de prisão em 2015.

No domingo, em um comunicado, o governo venezuelano havia acusado o diplomata de "cúmplice" do agora dirigente opositor exilado. O embaixador está prestes a completar sua missão em Caracas.

"Você vai embora, Jesús Silva, e não queremos nunca mais ver sua cara neste país por ser colonialista, racista e golpista", disparou Maduro.

López, que estava em prisão domiciliar desde 2017, foi libertado e participou, ao lado de Guaidó, de uma insurreição militar frustrada em 30 de abril de 2019. Ele foi hóspede do embaixador espanhol desde o levante frustrado.

Em 23 de agosto, Maduro disse que, se a justiça o determinar, não hesitará em prender Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por meia centena de países, liderados pelos Estados Unidos. Washington advertiu que deter o líder parlamentar seria "o último erro" do presidente.

Como chefe do Parlamento - único poder nas mãos da oposição -, Guaidó reivindicou em janeiro de 2019 a presidência encarregada, depois de a Câmaara declarar Maduro "usurpador", acusando-o de ter sido reeleito mediante fraude em maio de 2018.

Desde então, a justiça venezuelana, à qual os adversários de Maduro acusam de servir ao chavismo, abriram vários processos penais contra Guaidó, mas o líder opositor de 37 anos nunca foi detido.

O mandato de Guaidó na Assembleia Nacional termina em janeiro de 2021.

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