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Massacre atribuído ao ELN deixa cinco mortos, inclusive uma menina, na Colômbia

Uriel, comandante do ELN morto em outubro e uma das figuras mais midiáticas do grupo afp_tickers

Cinco pessoas, incluindo uma menina de três anos, foram mortas no norte da Colômbia, em um massacre atribuído aos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) pelo governo nesta segunda-feira (28).

O ataque ocorreu no domingo em La Honda, uma área rural do distrito de Bolívar, disse a assessoria de imprensa da prefeitura à AFP.

O ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, afirmou que, “segundo algumas versões”, se trataria de um “ataque violento e seletivo do ELN contra essas pessoas”.

Depois de anunciar um aumento da força na região, Holmes ofereceu uma recompensa de até 12.000 dólares por informações que levassem à captura dos responsáveis e até 14.200 por “Santiago”, codinome de Guillermo Ariza, comandante do grupo.

Última guerrilha reconhecida na Colômbia após o acordo de paz com as FARC em 2016, o ELN ainda não respondeu à acusação.

Segundo a polícia, os rebeldes enfrentam na área dissidentes que não aceitaram o pacto de paz com as FARC.

De acordo com o observatório independente Indepaz, uma ex-combatente da guerrilha marxista dissolvida foi morta nesse massacre, o 90º registrado este ano na Colômbia.

Surgido em 1964 no calor da revolução cubana, o ELN tem cerca de 2.300 combatentes e uma extensa rede de apoio em zonas urbanas.

O país vive uma das piores ondas de violência este ano desde o acordo com as FARC e o governo responsabiliza os grupos financiados pelo narcotráfico e a mineração ilegal.

Em mais de meio século, o conflito armado deixou mais de nove milhões de vítimas entre mortos, desaparecidos e desalojados.

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